Fonte: Google. |
Fico
muito feliz quando encontro notícias que demonstram que existem pessoas
preocupadas em melhorar a acessibilidade do cidadão surdo. Eles têm todo o
direito à saúde, educação, lazer e, também, à segurança.
Na
cidade de Guarulhos, SP, os policiais estão sendo formados em um curso básico de
Libras (veja o vídeo). Este faz parte da formação obrigatória da guarda municipal. Segundo a
professora do curso, eles aprendem o básico da Libras e o vocabulário básico
específica da área da guarda municipal. E o mais legal, tratam também da legislação sobre os Direitos
Humanos. E para que o surdo saiba se o policial é capacitado em Libras, este
usará na farda um breve de identificação.
É
extremamente importante essa iniciativa,e entenda o porquê. Uma revisão da literatura sobre violência doméstica
contra a mulher surda, nos traz
informações alarmantes.
É comprovado que, em relação as mulheres ouvintes, as mulheres com surdez estão muito mais susceptíveis e sofrem muito mais agressões. Segundo a revisão, o trabalho de McQuiller Williams e Porter (2010) relatou que tanto os homens quanto as mulheres surdas tem 1,5 vezes mais chances de ser vítima de assédio sexual, agressão sexual, abuso psicológico e abuso físico do que as ouvintes. Já o estudo realizado pela Francavillo (2009) feito com 360 estudantes surdos, apound ANDERSON at all, mostrou os seguintes dados:
É comprovado que, em relação as mulheres ouvintes, as mulheres com surdez estão muito mais susceptíveis e sofrem muito mais agressões. Segundo a revisão, o trabalho de McQuiller Williams e Porter (2010) relatou que tanto os homens quanto as mulheres surdas tem 1,5 vezes mais chances de ser vítima de assédio sexual, agressão sexual, abuso psicológico e abuso físico do que as ouvintes. Já o estudo realizado pela Francavillo (2009) feito com 360 estudantes surdos, apound ANDERSON at all, mostrou os seguintes dados:
- 48% dos entrevistados tinham experimentado carícias indesejadas, beijo, toque ou esfregar suas áreas íntimas
- 28% tiveram algumas de suas roupas retiradas sem consentimento.
- relataram ter vários atos sexuais não consensuais: o sexo oral (22%), relação sexual vaginal (195), e anal (13%), em adição ao sexo
- relataram ter tido tentativa sem consentimento: oral (27%), relação sexual vaginal (18%), e sexo anal (14%).
- 20% admitiu já ter sido estuprada.
Outro número bastante impressionante, aind de acordo com
a mesma revisão bibliográfica, 61% de surdos
universitários do sexo feminino experimentou um incidente de coerção sexual de
seus parceiros no ano passado, em comparação com 27,8% de estudantes ouvintes do
sexo feminino (apound Sabina & Straus,
2008).
Acredita-se que estes índices maiores em relação a mulher surda deve-se, entre outros fatores, à falta de serviços de atendimento voltados para os surdos. Por isso, atitudes como a da polícia da cidade de Guarulhos são extremamente importantes.
E para finalizar, assista ao vídeo que explica sobre o Serviço de Mensagens via Celular (SMS) em situações de Emergência para o surdo, criado pela polícia de São Paulo. (Vídeo em Libras com legenda e tradução simultânea).
Espero que outros estados sigam o exemplo de São Paulo e implantem sistemas de emergências semelhantes a este e possam ajudar os surdos vítimas de violência!
REFERÊNCIA:
ANDERSON, ML; LEIGH, IW; SAMAR, VJ. Intimate partner violence against Deaf women: A review. Aggression and Violent Behavior 16 (2011) 200–206.
adorei o blog, parabéns
ResponderExcluirTem sim DF 100% ajudar totalmente emergência,pm,pc,bombeiros e outros,Vou lutar também SC e RS.Aguarde breve.Abraços todos
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