tag:blogger.com,1999:blog-47345130054763108762024-02-06T23:32:25.788-03:00Surdez - Descobrindo um Mundo NovoHá um mundo por trás do silêncio!
Conheça a realidade da surdez e quebre paradigmas...Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-41265735914200104282014-02-25T18:18:00.001-03:002014-02-25T23:49:52.068-03:00E Não É Que Um Dia? O encontro da médica com o paciente surdo.<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9I1rPsh_qbd3BeA9oqyBwxwm2SA9ynsltEJSVSoUAwcNiU6bwlrmL71gPegAWjxVgxDykzO_09VrDkHEnGsMdUn_vPLVayyHyPD5Kem8lPg3b57vSEqgJ6S4FcAg2gZhp8HvqTvj7cbU/s1600/1890489_1459527360929001_61915962_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9I1rPsh_qbd3BeA9oqyBwxwm2SA9ynsltEJSVSoUAwcNiU6bwlrmL71gPegAWjxVgxDykzO_09VrDkHEnGsMdUn_vPLVayyHyPD5Kem8lPg3b57vSEqgJ6S4FcAg2gZhp8HvqTvj7cbU/s1600/1890489_1459527360929001_61915962_o.jpg" height="166" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marina Guimarães. Foto cedida pela autora.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Marina Guimarães é Médica de Família e Comunidade na cidade de Juiz de Fora, MG. Ela foi uma das cursistas do curso de extensão de Libras, que foi oferecido na UFJF no ano de 2013. Alguns meses depois, recentemente, ela teve a experiência de atender um garoto surdo. Então, ela, gentilmente, aceitou em compartilhar a experiência dela com você. Ela compara com essa experiência com outra, da época em que era acadêmica de medicina. Leia e deixe seu comentário a seguir:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Veja também:</b></span><br />
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: blue;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/07/entrevista-experiencia-de-um-academico.html">Entrevista - A experiência de um acadêmico de medicina com pacientes surdos</a></span></b></span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2013/08/relato-de-experiencia-atendendo-um.html"><span style="color: blue;">Relato de experiência: Atendendo um paciente surdo na aula de psiquiatria</span></a></b></span></li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a>=====================================================================</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dos incômodos que eu sinto na prática profissional, é quando minha comunicação com o outro não acontece, e essa, das situações, é a mais casual. Quanto tempo eu não levei para entender que capotando* é, curiosamente, um dos anti-hipertensivos mais comuns do meu dia-a-dia, ou que sensação de areia runha na cabeça pode ser uma vertigem ou uma enxaqueca? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muito embora presente o incômodo, com o exercício diário, corriqueiro e repetitivo da prática médica, você naturaliza a posição social que mescla autoridade técnica, observação e perscrutação do outro, sem a preocupação em adotar o que toda relação entre duas pessoas exige: troca. Ver o outro, no caso o paciente, como objeto facilita uma vez que distancia, desresponsabiliza em alguns aspectos e economiza tempo e energia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Meu primeiro contato médico com alguém surdo foi na faculdade, em aula prática de psiquiatria. Uma senhora com cerca de 40 anos encontrava-se em enorme estado de sofrimento mental, apresentando-se em estado de catatonia**. Foi muito frustrante, pois ela foi minha primeira experiência de entrevista psiquiátrica, nem eu, nem mais ninguém no ambulatório sabia nada da língua sinais, nem sequer o mínimo para criar um laço de empatia, por mais limitada que estava toda a situação, aquela senhora não realizava contato visual e movimentava-se a todo tempo pelo consultório.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa primeira experiência marcou minha formação e deixou um desconforto, que por vezes voltava. Foi, então, que surgiu a oportunidade de ousar um curso de extensão de Libras, para iniciantes, da UFJF***. Aprender um pouco sobre essa língua linda e tão diferente, me fez sentir a possibilidade de ir além da minha zona de conforto, tanto pela exposição, eu precisaria vencer a timidez, quanto pelo desafio de entender um raciocínio linguístico tão diverso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E não é que um dia esse garoto chegou e eu resolvi explorar o pouco que não sei? Um sinal de “Olá”, despretensioso, e um sorriso se derreteu. “Como você vai?”, “Qual o seu sinal?”, mais algumas arriscadas, e, talvez um “Tchau” no final das contas, tudo muito foneticamente desajeitado, mas que acabou por propagar uma maravilhosa sensação, e a impressão de que uma relação digna e comunicante pode acontecer, com troca e empatia, nas situações onde grandes barreiras profissionais podem existir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vivência maravilhosa, esse curto momento foi a significância do expor-me ao bom ridículo, colocar-me na posição do observado, saindo da zona de conforto do observador tecnicista, do biomédico pudorado. Foi ter a ideia de que alguns gestos podem somar inesperadamente, tanto para mim quanto para o outro. Sentir que portas foram abertas numa despedida que aguarda retorno sem pesares.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por vezes não nos esforçamos ou não nos interessamos pela acessibilidade do outro, que pode parecer um alguém muito distante do que atualmente somos, mas esse outro não é nada diferente, os sentimentos são os mesmos, tanto os que doem quanto os que subjugam ou fazem sorrir. Uma saúde de qualidade demanda exigência com o que profissionalmente você pode oferecer. Uma democracia em saúde igualitária está intimamente relacionada com a real capacidade que tem de se impor enquanto distinguidora de diferenças e harmonizá-las em prol da equidade, e é nisso que eu acredito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque os olhos brilham,</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E entre sorrisos e gestos</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Absorvo, entendo, compartilho.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E de lá para cá, </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sinais fragilmente deslizam</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E se despedem, sem despedaçar momentos</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que a memória não há de se esquecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">* Capotando é uma forma comumente ouvida por profissionais de saúde quando o usuário quer se referir ao anti-hipertensivo captopril, um dos mais prescritos diariamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">** Catatonia na depressão é um quadro que se acompanha de apatia severa, pessimismo, imobilidade ou lentidão, mutismo seletivo e perda da capacidade de sentir prazer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*** UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Marina Guimarães</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Médica atuante na Estratégia de Saúde da Família.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">=====================================================================</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quero agradecer à Marina pela colaboração com o blog, e relatar a minha alegria em saber que, através do nosso curso, ela conseguiu fazer a diferença na vida de uma pessoa surda. E parabenizá-la pela sensibilidade que possui no que tange a consciência social da profissão médica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-11863694014737411382014-01-20T18:12:00.003-02:002014-01-20T19:12:58.107-02:00Diagnóstico médico: Considerada inapta para ser professora por ser surda.<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCjo6fsQkJ4Q3OKWd2i2YqU7lf27_wSol54RIITRwroizfzf0w_SB55jwkEBuedNrnO_9g6miSiBl1Sib2GHd_bvkPVmX6QnXkZOu8v80An5iNFDqK8nw0kdZGWHoNv7fpUiBXy7ijetI/s1600/tati.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCjo6fsQkJ4Q3OKWd2i2YqU7lf27_wSol54RIITRwroizfzf0w_SB55jwkEBuedNrnO_9g6miSiBl1Sib2GHd_bvkPVmX6QnXkZOu8v80An5iNFDqK8nw0kdZGWHoNv7fpUiBXy7ijetI/s1600/tati.jpg" height="320" title="" width="282" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tatiane M. da Cruz. Foto do seu arquivo pessoal.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Tatiane Monteiro da Cruz</b>, 27 anos, é <b>casada</b> e mora em São Paulo (SP). Ela ficou surda aos 5 anos, devido ao uso de antibióticos fortes para tratar uma infecção no ouvido. Como ela já falava, o desenvolvimento da fala com a fonoaudióloga foi tranquilo. Ela é <b>formada em Letras-Libras</b> pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e está cursando o último semestre de sua <b>especialização em Neurociência</b>, na qual ela estuda as deficiências de um ponto de vista neurobiológico. Tatiane <b>trabalha como professora</b> de crianças surdas em uma escola municipal da cidade de Guarulhos (SP) e também é <b>tutora em EAD</b> na Universidade Anhembi Morumbi, em SP.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu a conheci através de uma publicação em que <b>ela relatou um fato ocorrido durante uma consulta médica</b>. Entrei em contato com ela, então, solicitando permissão para compartilhar, aqui no blog, essa história e ela, simpaticamente, o fez.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Tatiane passou em um concurso público para ministrar, para alunos surdos, a disciplina Educação Especial, mas foi considerada inapta, por um médico, pelo fato de ser SURDA:</b></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Vou relatar tudo desde o começo. Ao chegar no balcão de atendimento do Dpmesp, o atendente estava falando e olhando para o papel. Solicitei educadamente que olhasse para mim, pois faço leitura labial. Ele me olha com descrença e responde: como vai ser ensinar se não me entende? Se as crianças chamarem você, não vai ouvir. Olhei e respondi que tenho experiência, pois trabalho em escola da prefeitura. Ao que ele disse, que são adolescentes e que nem ele consegue falar com a própria filha olhando para ela. Ignorei o comentário e disse que irei atuar com crianças com deficiência. Fiquei passada com esta atitude e imaginando, se um atendente tem uma cabeça tão fechada, o que seria do médico? Então, na fila de espera encontro outros surdos e ficamos conversando. Cada um passou na perícia e foi embora sem saber o resultado, pois seria divulgado em diário oficial. Na minha vez, ele apenas perguntou sobre minha surdez, há quanto tempo, como fiquei surda e para que disciplina estava concorrendo. Respondi que era Educação Especial para surdos. Ele escreveu umas coisas que não consegui ler, pois ele tinha uma letra horrível. Depois <b>ele olhou meu ouvido como se ali ele fosse descobrir minha surdez</b>. Em seguida olhou a cópia da audiometria e solicitou o original - escreveu mais alguma coisa e me dispensou. Após a minha consulta, foi a vez da Silvia Fagundes da APS. Ela disse que bateu boca com o médico, por ter visto ele colocar incompatibilidade com o cargo. Ela falou que seria para ensinar surdos, mas ele disse que não tinha essa informação, apenas que <b>o cargo era para professor e surdo não pode ensinar.</b> O resultado foi que todos os surdos foram considerados inaptos. Agora eu pergunto: se era uma perícia para comprovação da deficiência deveria apenas constatar se era ou não pessoa com deficiência, e não declarar sobre a aptidão do candidato em exercer o cargo. Esta parte deveria ser definida após a entrega de um exame de saúde mais completo e de acordo com a disciplina. Essa perícia foi muito mal feita. E a impressão que tenho é de que o médico recebeu ordem para reprovar a todos só para o estado dizer que não está descumprindo a lei de cotas."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cada dia que passa, percebo a importância e a urgência das escolas médicas começarem a “ensinar” e a debater a respeito das pessoas com deficiência.Não digo em relação às suas deficiências, mas sobre as suas <b>particularidades</b> e as suas <b>potencialidades</b>. Um sujeito que não escuta é totalmente capaz de trabalhar, de ensinar, de conviver em sociedade. Foi-se a época em que essas pessoas eram afastadas do convívio social. Os surdos estão por aí e precisamos arrancar as vendas dos nossos olhos para enxerga-los: não como incapazes, mas como pessoas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os profissionais de saúde estão a todo tempo em contato com pessoas e devem estar preparados para lidar com qualquer tipo de sujeito. A formação em “Libras e Saúde”, em relação às pessoas surdas e às com deficiência auditiva é de extrema importância para que fatos como este, relatados pela Tatiane, não continuem ocorrendo. Conheço surdos doutores, professores, enfermeiros, fisioterapeutas... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A diversidade está exposta e devemos estar aptos a lidar com ela.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quero agradecer a Tatiane por ter permitido compartilhar sua história, pois acredito que esse é o começo para tentarmos mudar a situação: conscientizar as pessoas. </span></div>
<div>
<br /></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-55772713624720872382014-01-09T22:15:00.003-02:002014-01-09T22:18:54.726-02:00A falsa crença no padrão levando à morte de um jovem surdo<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxXuz9rc0HVaZUeKbXQzb63lZ6HrYzMnhGqP-bT36eUnGd2t61R7A45KFeAn7E_I66XRqmTKmxvHOib-52USnJQ1Ok1htnhUF2DYyUzCZxpk6uKgpp9I0pFoh7gJH-5Hv8ZTc4mcRJ7Fc/s1600/1-lapis-de-cor-faber-castell-097-cinza-escuro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxXuz9rc0HVaZUeKbXQzb63lZ6HrYzMnhGqP-bT36eUnGd2t61R7A45KFeAn7E_I66XRqmTKmxvHOib-52USnJQ1Ok1htnhUF2DYyUzCZxpk6uKgpp9I0pFoh7gJH-5Hv8ZTc4mcRJ7Fc/s1600/1-lapis-de-cor-faber-castell-097-cinza-escuro.jpg" height="200" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Muitos pensam que a vida é assim...</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lamentável começar o ano com uma publicação dessa, mas é um fato que precisa ser divulgado para levantar reflexões. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A notícia retirada do site G1, diz que, <b>“Deficiente auditivo é morto pela PM durante abordagem em Cuiabá”</b>. Teria esse garoto cometido algum crime? Não! Ele não teria atendido a ordem dos policiais de parar e levantar as mãos, pelo simples fato de ser surdo. Logo, a reação dos policiais foi de atirar no jovem para imobilizá-lo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo o site:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>“De acordo com o delegado Geraldo Gezoni Filho, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), a PM recebeu a informação pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) de que havia um homem armado transitando entre as regiões do Bairro Alvorada e da Avenida República do Líbano.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i></i></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i></i></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqbBePTItKD3AOi6OOqPzyayRFJHfj9wgHrp7N1SWUBbaj0LZ94Pz8c-qpfcQjtSmMyOw5LfTeZiZ2tQXNvTJ2FmdqNejTlBLqDPg31Ppxz6MQYGsVg15aZTyfK__I4gf33fpP9ZLw1g/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqbBePTItKD3AOi6OOqPzyayRFJHfj9wgHrp7N1SWUBbaj0LZ94Pz8c-qpfcQjtSmMyOw5LfTeZiZ2tQXNvTJ2FmdqNejTlBLqDPg31Ppxz6MQYGsVg15aZTyfK__I4gf33fpP9ZLw1g/s1600/images+(1).jpg" height="148" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A vida como ela é!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Uma guarnição da PM foi destacada para averiguar a situação e identificou Ademar como o suspeito descrito pelo Ciosp. Segundo os depoimentos colhidos por Gezoni, os policiais pararam o carro, desceram e tentaram abordar o jovem, dando ordem para que ele levantasse as mãos à cabeça.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Neste momento, porém, o rapaz fez um movimento distinto que, para os policiais, pareceu uma tentativa de sacar uma arma da cintura. Imediatamente, um dos policiais reagiu disparando contra o abdômen do rapaz, no que, até o momento, o delegado aponta como uma suposta ação em legítima defesa. Por fim, descobriu-se que o jovem portava um facão na cintura, o qual foi apreendido pelos peritos”.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja o resto da reportagem no site<span style="color: blue;"> <a href="http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/01/deficiente-auditivo-e-morto-pela-pm-durante-abordagem-em-cuiaba.html"><b>G1.com</b></a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por mais que se possa pensar que os policiais tenham agido de forma legítima, o que ainda será investigado, o fato que gostaria de chamar a atenção é sempre acreditamos, falsamente, que todas as pessoas de bem são brancas, se vestem bem, pertencem à família cristã, moram em boas casas, são heterossexuais, são ouvintes, e sem “defeitos físicos”. O que não passa de uma grande ilusão – é praticamente um conto da Carochinha. Precisamos desconstruir esse padrão de sujeito, pois o ser humano não é padronizado. Basta você reparar dentro da sua própria família e no seu local de trabalho. Ninguém é igual a ninguém. E a não consciência dessa realidade tirou a vida de um jovem de 19 anos. Eu acredito que cabe às instituições, tanto as de Ensino quanto as demais, trabalharem essa questão durante a formação dos seus alunos e profissionais.</span></div>
<div>
<br /></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-34238720589230243292013-12-25T15:33:00.000-02:002013-12-25T15:33:46.738-02:00Feliz Natal e um Feliz Ano Novo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtgc7DFDojb5Y13FhJItQekLPBpixDVDVq2SzBf5dfhLpdgY3gxf4b6-KXL8qomY0y5ryOseu3vTNGXkvM9K1P1gjroNwxGUgXUTSzqvEBvPm3-OCIWMW7Tyv9n4VEj6noKvWE80Umr8/s1600/1526153_666881973334949_1393128929_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtgc7DFDojb5Y13FhJItQekLPBpixDVDVq2SzBf5dfhLpdgY3gxf4b6-KXL8qomY0y5ryOseu3vTNGXkvM9K1P1gjroNwxGUgXUTSzqvEBvPm3-OCIWMW7Tyv9n4VEj6noKvWE80Umr8/s320/1526153_666881973334949_1393128929_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxcZ8cAi7WK5BQTeqSGfDtO7x35_99Ndeid7DflI5OUIJNYTIQxjiEr7R7hMbwptIR05SgBpakmedlLmrkO_Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-10430706468343406002013-12-10T02:14:00.000-02:002013-12-10T02:14:35.304-02:00Be a dreamer: vale a pena?!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">Muitas vezes me pergunto se vale a pena ser um “dreamer” num mundo onde a competição, o lucro e o sucesso a qualquer custo movem a sociedade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;" /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">Me pergunto se vale a pena perder fios de cabelo ouvindo ideias que vão contra os meus princípios.</span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 15.453125px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">Me pergunto se vale a pena gastar energias tentando defender os meus ideias enquanto as pessoas a minha a volta se preocupam somente com o seu bem estar. Como podem?!</span></div>
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 15.453125px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">Sempre que me faço essas perguntas, chego a conclusão de que a minha vida não valeria a pena se eu a pensasse objetivando somente o meu bem estar. </span></div>
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 15.453125px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">Ser um sonhador vale a pena! </span></div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;">E o que seria do mundo se não fossem os utópicos sonhadores?!</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cSlGocYJ2Dk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 15.454545021057129px;"><br /></span></span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-86967302430289022972013-12-02T13:35:00.000-02:002014-02-25T23:51:12.889-03:00Glossário Bilíngue - Amamentação em Libras. Vale a pena conferir!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpW4YNyAgiA3_J3FnwpVcKMTHVbm1tCtafxDSpoAidJJseBzMQS0SV61NZX_A2HQIkd0atAj6atAdZmflyHEsfRiHaX_5WjjlW1XTw5hIqL8K7gXmPaMrpKLaEFomJVopRuMzehuv8c6s/s1600/glossario+bilingue.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpW4YNyAgiA3_J3FnwpVcKMTHVbm1tCtafxDSpoAidJJseBzMQS0SV61NZX_A2HQIkd0atAj6atAdZmflyHEsfRiHaX_5WjjlW1XTw5hIqL8K7gXmPaMrpKLaEFomJVopRuMzehuv8c6s/s400/glossario+bilingue.png" height="187" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A <b>Língua Brasileira de Sinais (Libras)</b> é a segundo língua oficial do Brasil desde o ano de 2002 com a promulgação da <b>Lei 10436</b>. E esse reconhecimento fortaleceu a luta pela sua divulgação e disseminação do seu uso. Bem como permitiu o despertar da consciência de muitas pessoas em relação a sua necessidade para a promoção efetiva de acessibilidade aos surdos em todos os aspectos. <b>E a entrada dos surdos em diversas áreas da sociedade favorecerá o desenvolvimento da língua, com a criação/ surgimento de novos sinais, uma vez que em áreas técnicas como Saúde, Química, Biologia, Advocacia, dentre outras, há uma escassez de sinais específicos</b>. Uma vez que as palavras surgem da necessidade de comunicação. Como os surdos não frequentavam esses espaços, não havia tal necessidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porém, graças às conquistas dos Movimentos Surdos, essa realidade está se transformando. E uma prova disso, é o <b>Glossário Bilíngue sobre Alimentação Infantil</b>, o qual me enviaram hoje pela internet. O material, que pode ser acessado clicando <a href="http://www.saude.ms.gov.br/controle/ShowFile.php?id=115652" target="_blank"><b><span style="color: blue;">AQUI</span></b></a>, é resultado do trabalho de campo dos profissionais do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) de Mato Grosso do Sul, em parceria com</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria de Estado de Educação do estado do Mato Groso do Sul.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Achei um material bem interessante e bem completo, com os principais termos usados na área de Alimentação Infantil, o que possibilitará a realização de oficinas com gestantes surdas, permitindo a elas também o direito de aprender essas informações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acessem e divulguem esse material. E deixe seu comentário a respeito dele.</span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-88821228237711469452013-11-19T20:37:00.003-02:002013-11-22T00:44:04.655-02:00Discutindo o acesso à saúde da pessoa com surdez - 3º ComSaúde<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAzx-GmHU5rUcpbQ0sDXKNRaF4PW2gf7r3UwppzKwnCLafF1qQVBIRdFEjiBeW1O-3RBcTMoB9UckjWQRdRakWhm_dW7ZimxioSvhhm3r56k9k6IokUPVj_9Vba5boOLng0a5RkkoCjqM/s1600/comsaude.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAzx-GmHU5rUcpbQ0sDXKNRaF4PW2gf7r3UwppzKwnCLafF1qQVBIRdFEjiBeW1O-3RBcTMoB9UckjWQRdRakWhm_dW7ZimxioSvhhm3r56k9k6IokUPVj_9Vba5boOLng0a5RkkoCjqM/s400/comsaude.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há dois anos entrei para o projeto <b>“Libras e Saúde: acessibilidade no atendimento clínico”</b> e, desde então, venho estudando a respeito da <b>acessibilidade à saúde pelas pessoas com surdez</b>, mais específico das pessoas surdas. Vi nessa temática mais uma das muitas pautas que envolvem questões de <b>Saúde Coletiva</b> e sobre o <b>SUS</b>, especificamente quando pensamos no acesso universal preconizado pela lei. No entanto, nesse período não encontrei, até hoje, espaços de debates e trocas de experiências.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aconteceu hoje, o segundo dia do seminário <b><a href="http://www.licosc.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=54&Itemid=57" target="_blank">3º ComSaúde</a></b>, na Universidade de Brasília <b>(UnB)</b>. E a primeira mesa da tarde foi intitulada <b>“Acessibilidade e atenção ao surdo no contexto da saúde”</b> – eu não podia perder essa oportunidade. A mesa foi composta por uma mãe de surda, dois profissionais intérpretes – sendo um deles estudante de Saúde Coletiva da UnB – e uma surda. Achei interessante essa proposta, pois permitiu aos participantes ouvirem depoimentos por diferentes ângulos em relação à acessibilidade do surdo na saúde: a mãe ouvinte, que enfrentou as dificuldades de encarar a surdez num primeiro momento; os profissionais intérpretes, que vivenciaram situações complicadas, até mesmo constrangedoras, durante consultas médicas; e uma surda, mão de filho ouvinte, usuária do sistema de saúde.</span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A maior parte dos participantes eram Assessores e <i>staffs</i> de secretarias de Saúde e alguns membros do CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúdeo)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> e do CONASEMS (</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Então não pude deixar de levantar a questão da <b>Comunicação em Saúde para a comunidade surda</b>, para tentar despertar nesses profissionais para a necessidade de campanhas de saúde acessível aos surdos. É notável que as campanhas e informações de saúde são transmitidas apenas via mídia televisiva e mídia escrita. E como já disse nesse blog, o surdo se comunica por meio da Libras – uma língua espaço-visual. E o português é a sua segunda língua. Espero ter conseguido pelo menos tê-los feito pensar sobre essa questão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E gostaria de compartilhar com você a minha constatação ou confirmação do que eu já pensava: as pessoas, ouvintes, desconhecem completamente a realidade das pessoas com surdez, as suas especificidades e as suas necessidades de acessibilidade. Percebi no olhar e na fala dos participantes a descoberta de uma nova realidade, que jamais pararam pra pensar que existia. Um dos participantes disse atuar mais de 20 anos na Saúde Coletiva e nunca presenciou uma mesa que tratasse desse tema. Logo, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">espaços como esse, para apresentarmos as necessidades de saúde da pessoa surda e o descompromisso dos governantes em relação a isso, é de extrema importância para mudarmos o que vivemos no dia de hoje. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acredito no poder da Educação e na força da Comunicação. Por isso, acredito no meu trabalho e pretendo continuar com ele. E espero que, com o tempo, novas pessoas se juntem e a essa causa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-33627974822330347432013-10-18T02:24:00.001-03:002013-10-18T02:38:07.980-03:00A surdez na mídia: cuidado com o que dizem por aí.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há dois dias atrás, um programa de televisão exibiu uma reportagem cuja chamada era <b>“Homem que nasceu surdo consegue falar em três línguas, toca piano e faz doutorado”</b>. Por mais que possa haver uma boa intenção com a matéria, é preciso tomar cuidado com o que se ouve. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes de ler o restante do <i>post</i>, assista a matéria clicando <a href="http://noticias.r7.com/videos/homem-que-nasceu-surdo-consegue-falar-em-tres-linhas-toca-piano-e-faz-doutorado/idmedia/525e99250cf225a12d37a8b5.html" target="_blank"><b><span style="color: blue;">AQUI</span></b></a>.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Leia também aqui no blog:</span><br />
<br />
<ul>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2013/02/musica-combina-com-surdez.html" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;" target="_blank"><b>Música combina com surdez?</b></a></li>
<li><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/quebra-de-paradigmas-1-eles-sao-surdos.html" target="_blank">Quebra de paradigmas [1] - Eles são surdos!</a></b></li>
<li><b><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/03/quebra-de-paradigmas-3-vanessa-vidal.html" target="_blank"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quebra de paradigmas [3] - </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: start;">Vanessa Vidal, Miss Ceará 2008; um exemplo de beleza, simpatia e força de vontade.</span></a></b></li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiramente quero chamar a atenção para o tom de </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">paternalismo</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> que perpassa por toda a matéria. Com certeza as conquistas de Armando devem ser comemoradas, porém é preciso compreender que os </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">surdos são capazes de realizar o que eles quiserem</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, bastando, para isso, o livre acesso a língua de sinais. O que eles precisam é de oportunidades e conscientização da sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra questão que quero chamar a atenção de você leitor é quando a reporte diz <b>“Mãos que ouvem”</b>. Essa expressão me parece ser mais uma forma de tentar aproximar o surdo dos ouvintes. Tentado dar a ele um atributo que é tido como “norma”,</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">no caso o “poder ouvir”. O mesmo acontece com a expressão “[...] orelhas enormes pro mundo [...]”, dita ao final da reportagem. Segundo Gesser (2009), é a partir dessa tentativa de normalizar o sujeito – <b>homogeneizar os indivíduos</b> - que surgem as estigmatizações e os espaços para o preconceito, que se dissemina e se mantém à medida que se propagam as representações da normalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, a reportagem possibilitou <b>desmitificar</b> a crença de que todo surdo nasce sabendo ler lábios e que essa “modalidade” de compreensão da comunicação é nata dos surdos, mesmo afirmando, em determinado momento do vídeo, que o entrevistado tem a habilidade de fazer leitura labial. Na verdade ele aprendeu. Ele fala em “esforço”. Logo, não é algo que se adquire naturalmente. São necessários anos de treinamento e mesmo assim não é totalmente perfeita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém, a edição cometeu outro equívoco ao afirmar, no texto publicado no site R7, que Armando foi o primeiro surdo a entrar para um programa de doutorado: “Mais do que isso, ele também aprendeu a se comunicar em três línguas e tornou-se o primeiro surdo a fazer doutorado no Brasil”. Na verdade, a Dra. Ma. Gladis Perlin foi a primeira surda a entrar para o mestrado no Brasil. E após ela, vários outros já ingressaram tanto para o mestrado quanto para o doutorado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E por último, ao colocarem como defensor da causa dos surdos uma pessoa surda que aprendeu a falar e que valoriza o som tanto quanto a hegemonia ouvinte, na verdade, vai de encontro a luta da comunidade surda. Essa defende a <b>identidade</b> e a <b>cultura surda</b>, que têm no visual o meio de significação do mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um veículo de comunicação de massa, como é a televisão, deve ter um pouco mais de preocupação com o que apresentam, para não contribuírem com a propagação de ideias e conceitos errados sobre qualquer assunto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E para finalizar, deixo um trecho retirado do livro <i>“Libras? Que língua é essa?”</i>, que é a fala de uma surda:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>“A surdez é um problema quando a sociedade passa a me ver como um problema. Quando tenho a oportunidade de interagir com pares que me identifico através da língua de siais, quando tenho a oportunidade de estudar em uma escola que utilize sinais, quando tenho meus direitos assegurados, me sinto apta e capaz” (GESSER, 2009, p. 64).</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">REFERÊNCIAS:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">GESSER, A. A Surdez. In: GESSER, A. Surdez? Que língua é essa? São Paulo: Parábola, 2009. p.63-80</span>.</div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-59398616625375074852013-08-20T23:54:00.000-03:002013-08-21T00:11:01.495-03:00Relato de experiência: Atendendo um paciente surdo na aula de psiquiatria<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo o censo de 2010, realizado pelo IBGE, no Brasil existem mais de 9 milhões de pessoas com surdez, sem discriminar aqueles que se consideram surdos e os que se definem como deficientes auditivos. Desta forma, todo profissional de saúde poderá atender pelo menos um surdo ao longo da sua profissão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcoh9TeveNbimgbcM4Pc6_IUMZgrDwrvCaMbM5t_MKltwvYdgK-KjKqhFPcoyge-u0RMGJwDI6Mr8YE1OifyQamkgGYXaR7hOexRSvhA2gWJSOhGtNA_dzf_zb9zg1SAHcuK0_Nol1eAI/s1600/574654_255695274526671_1150089435_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcoh9TeveNbimgbcM4Pc6_IUMZgrDwrvCaMbM5t_MKltwvYdgK-KjKqhFPcoyge-u0RMGJwDI6Mr8YE1OifyQamkgGYXaR7hOexRSvhA2gWJSOhGtNA_dzf_zb9zg1SAHcuK0_Nol1eAI/s1600/574654_255695274526671_1150089435_n.jpg" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Diego Baumgratz - acadêmico do 7º período <br />da faculdade de Medicina da UFJF</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E isso aconteceu com um amigo meu durante uma das aulas de psiquiatria, aqui na faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. E hoje compartilharei com você o relato dessa experiência que ele me cedeu: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Veja neste blog:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/07/entrevista-experiencia-de-um-academico.html" target="_blank"><b><span style="color: blue;">Entrevista: experiência de um acadêmico.</span></b></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Me chamo Diego, sou acadêmico do 7º período de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Há 1 mês, na aula prática de psiquiatria, eu e outro acadêmico fomos selecionados para conduzir a entrevista de uma paciente. O professor, antes de chamarmos a paciente para o consultório, nos informou que seria uma situação diferente, pois a paciente era surda e só sabia Libras.</span></i><br />
<a name='more'></a><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Eu, que participei do curso de extensão “Libras e Saúde” por 2 anos, disse que sabia um pouco de língua de sinais. Todos na sala, inclusive eu, ficaram curiosos para ver como o que aconteceria - somos cerca de 15 acadêmicos na turma. Eu estava muito apreensivo, afinal, estava há algum tempo sem praticar a Libras e o conhecimento que tenho é o básico. Enfim, chamamos a paciente e os seus dois acompanhantes, o irmão e a cunhada da paciente, que não sabiam língua de sinais. Inicialmente, me dirigi à paciente: ‘Oi, somos estudantes de medicina, me chamo Diego e entendo um pouco de Libras’. A paciente se mostrou receptiva, abrindo um sorriso. Perguntei qual era seu nome e ela me disse, sinalizando fluentemente e de modo rápido. Pedi que sinalizasse com mais calma pra que eu compreendesse. Agradeci e informei que precisava conversar com os acompanhantes – eu estava nervoso com a situação e me sentindo impotente. A entrevista foi conduzida com o irmão e a cunhada da paciente de modo que todos os acadêmicos puderam participar, e uma coisa que chamou a atenção foi a paciente ter um laudo em que declara possui retardo mental, apesar de ter boa habilidade de comunicação. Após a consulta, durante a discussão em grupo, relatei que me senti impotente na situação e reconheci que excluir a paciente do atendimento não foi a conduta adequada. No entanto, não achei outra forma de prosseguir com a entrevista. O professor comentou que aquela era uma situação difícil de lidar, que ele nem teria como ter um contato inicial com a paciente por não saber Libras - uma pena, pois deve ser uma prática comum nessas situações - e que ele havia achado interessante a abordagem que eu havia feito. Após a aula, algumas pessoas vieram conversar comigo, que acharam muito interessante e que queriam aprender Libras. Fiquei feliz em ver que as pessoas se mostraram sensibilizadas, e me senti ainda mais motivado a estudar língua de sinais. Afinal, se foi horrível me sentir de mãos atadas, imagino para a paciente!"</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse relato evidencia a realidade de muitos surdos ao frequentarem o consultório médico. Pelo desconhecimento da língua de sinais pelo profissional de saúde e/ ou a ausência de um profissional intérprete, <b>o paciente é colocado de lado,</b> e a interação ocorre entre o acompanhante e o médico. O que pode gerar no paciente sentimentos de <b>angústia, medo e frustração</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Felizmente, o Diego conhece a Libras e conseguiu estabelecer o primeiro contato com a paciente. Mesmo não sendo ao longo de toda a entrevista, foi o suficiente para ela expressar um <b>sorriso</b>, que eu avalio como sendo um alívio e satisfação por estar sendo compreendida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Podemos ver neste caso a realidade: somente um dentre quinze acadêmicos conheciam a língua de sinais, o que sinaliza a falha na formação médica em relação a acessibilidade a saúde, mesmo existindo o<b> Decreto n. 5626/05</b>, que em seu <b>Artigo 25</b>: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"> <b> IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação;</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, com essa publicação de hoje, quero reforçar a importância das escolas médicas e dos profissionais da área se capacitarem para a formação em língua de sinais, para evitarmos os sentimentos de impotência durante o atendimento médico e garantir o acesso à saúde por todas as pessoas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você já passou por alguma experiência semelhante, ou conhece algum relato parecido? Compartilhe, deixando seu comentário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-6116968082119381502013-07-31T18:39:00.000-03:002013-07-31T18:43:18.575-03:00Atenção com a Língua de Sinais<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste mês de julho, como divulguei aqui no blog, a <b>Revista Radis</b>, organizada pela FIOCRUZ, trouxe como tema na sua edição de número 130 a <b>diversidade na saúde e as questões de acessibilidade</b>.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
Esta publicação é especial pois tive o prazer de participar, falando sobre o projeto <b>“Libras em Saúde”</b> da IFMSA-Brazil e sobre a <b>“Ação em Saúde”</b> desenvolvida pelo nosso projeto aqui na cidade da Juiz de Fora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
Veja neste blog:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">•<b><span style="color: blue;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/projeto-libras-em-saude-acessibilidade.html" target="_blank">Projeto "Libras em Saúde"</a></span></b></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">•<span style="color: blue;"><b><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2013/04/libras-e-saude-acao-em-saude-para-os.html" target="_blank">Língua Brasileira de Sinais e Saúde: ação em saúde para os surdos de Juiz de Fora</a></b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: blue;"><br /></span>
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9WmJ2mrEgwhTRA7e157QUrnroi5IGULyMqrLpPbgv1nrvYklQofjdL80GNSLMXIH-vnh6Me0-7ahzN0RMPNkftgQPvIHTnkWqmGu1C81tDen-gWBMoahsQZIbcTBlySQVRPbALgJMuc/s1600/radis.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9WmJ2mrEgwhTRA7e157QUrnroi5IGULyMqrLpPbgv1nrvYklQofjdL80GNSLMXIH-vnh6Me0-7ahzN0RMPNkftgQPvIHTnkWqmGu1C81tDen-gWBMoahsQZIbcTBlySQVRPbALgJMuc/s320/radis.png" width="257" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A editora teve uma proposta interessante para a capa da revista, porém, a meu ver, existem alguns problemas que precisam ser destacados. No Editorial da revista o autor diz a respeito desta proposta: “Como provocação, <b>não usamos na chamada de capa desta edição qualquer palavra em língua portuguesa</b>, só uma mensagem na Língua Brasileira de Sinais, a Libras. Excluímos todos, exceto quem conhece essa forma de comunicação com ou entre surdos...”</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira crítica diz respeito ao fato de terem sim ESCRITO EM PORTUGUÊS, porém usando o alfabeto manual, as seguintes palavras: PARA TODOS. Está aí um erro comum que muitas pessoas cometem:<b> não é pelo fato de usar o ALFABETO MANUAL que está se usando Língua de Sinais</b>. A proposta da capa fez uso, na verdade, do que se chama de <b>português sinalizado</b>. O alfabeto manual serve apenas como um <b>suporte pra língua de sinais</b>. E mesmo os surdos que sabem Libras, provavelmente não entenderam a mensagem. Além disso, as letras P, T e D estão invertidas.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A segunda crítica é sobre o sinal para <b>“acessibilidade”</b>, que não está correto. O sinal apresentado trás na verdade a ideia de “amputação da mão”, pois ele não veio acompanhado do movimento da mão que existe em "acessibilidade". Como já dissemos aqui no blog, a língua de sinais é formada por unidades mínimas, assim como a língua portuguesa é formada pelos morfemas, que quando alterados ou ausentes modificam todo o significado do sinal. Estas unidades são: <b>movimento, orientação, ponto de articulação, conformação da mão e expressão fácil.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar destes problemas, a proposta da editora foi bem interessante. Mas é preciso tomar cuidado, pela desatenção ou pela falta de conhecimento, uma boa intenção pode acabar contribuindo para a divulgação de ideias erradas sobre a língua de sinais. como a revista trata de questões de acessibilidade a saúde de forma ampla, minha sugestão teria sido utilizar na capa os sinais já difundidos entre a população, como os que se seguem abaixo:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkqAFvpn92V5v42zcBs7C2BXfHwa7LrfBHuVYaCi6CGAWwZwxz041fTJeT2bVVd6nV79vUuxtZ1ZigcjlZ1A4imgXCYdeWjluK-XFu0xSpcNbUKVoqwL5s2NJS-RKX5eCay5zzwhYrK80/s1600/Dia+Internacional+do+Portador+de+Defici%C3%AAncia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkqAFvpn92V5v42zcBs7C2BXfHwa7LrfBHuVYaCi6CGAWwZwxz041fTJeT2bVVd6nV79vUuxtZ1ZigcjlZ1A4imgXCYdeWjluK-XFu0xSpcNbUKVoqwL5s2NJS-RKX5eCay5zzwhYrK80/s1600/Dia+Internacional+do+Portador+de+Defici%C3%AAncia.jpg" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero agradecer ao repórter Bruno Dominguez que citou o blog Surdez – Descobrindo um Mundo Novo. Por menor que possa parecer, pra mim significa um grande reconhecimento. Por isso, agradeço a Revista Radis pela oportunidade.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dê sua opinião sobre a revista e sobre os pontos levantados por mim.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="color: blue;"><br /></span>Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-63291408980655303602013-07-11T15:35:00.001-03:002013-07-15T19:22:19.909-03:00Ciência e Surdez [7] - A influência da idade de aquisição da língua de sinais na estrutura cerebral<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafT34jruus1Im39mD7ztDve3LIr2TpfOq0UzOl3Zl370j0g98Kn-bqdP3BG6C76PkVTFfXVDBV4Cd26Qwsc73T4yPauVrtqnEYHumJdNrrDB35QGcAzm4oI3E60BF0HblrBunHtGx13U/s1600/neuroplasticidade+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafT34jruus1Im39mD7ztDve3LIr2TpfOq0UzOl3Zl370j0g98Kn-bqdP3BG6C76PkVTFfXVDBV4Cd26Qwsc73T4yPauVrtqnEYHumJdNrrDB35QGcAzm4oI3E60BF0HblrBunHtGx13U/s200/neuroplasticidade+2.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já mostramos aqui que a Língua de Sinais é processada pelo
cérebro na mesma região que a língua oral, diferenciando na ativação das áreas
linguísticas, que no caso da língua de sinais é feita pela área visual e não
auditiva. Além disso, falou-se da importância do aprendizado da língua de
sinais como primeira língua de forma precoce para que a codificação cerebral
ocorra de forma natural. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Acesse:</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://www.descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/ciencia-e-surdez-2-lingua-de-sinais-e.html" target="_blank"><b>A Ciência e a Surdez [2] - A língua de sinais e seulugar no cérebro</b></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://www.descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/ciencia-e-surdez-aquisicao-da-lingua.html" target="_blank"><b>A Ciência e a Surdez [3] - A Aquisição da Língua<span style="line-height: 107%;"> </span></b></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; line-height: 107%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje relatarei um trabalho de pesquisa desenvolvido por <b>Sidone
Pénicaud at al (2012)</b> que problematiza a influência da idade de aquisição da
língua de sinais e a organização anatômica cerebral.</span><br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O cérebro tem a capacidade de se moldar tanto
estruturalmente quanto funcionalmente mediante a estímulos, como a aquisição de
uma língua, isto é, ele tem a propriedade da plasticidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>CURIOSIDADES APRESENTADAS PELO ARTIGO:</b> Sabe-se que o córtex
auditivo primário do surdo possui maior quantidade de massa branca (axônios de
neurônios, que fazem as conexões entre essas células) do que esta mesma região
no córtex do ouvinte, devido a privação de som. E por outro lado, mostraram que
há um aumento da densidade de matéria cinzenta (corpos de neurônios) localizada
no lado esquerdo do córtex motor do surdo em relação ao ouvinte, o que interpretaram
como um fator que aumenta o controle motor da mão dominante durante a
sinalização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para fazer este trabalho, os pesquisadores contaram com um
grupo de surdos congênitos que adquiriram a língua em diferentes momentos da vida.
Todos eram destros, sendo que 18 possuíam surdez profunda em ambos os ouvidos,
2 tinham surdez moderada em ambos os ouvidos e em 3 a surdez era profunda em um
ouvido e moderada em outro. E um grupo de ouvintes serviu como grupo controle.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a
idade em que foram expostos pela primeira vez à ASL (Língua Americana de
Sinais):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Infância</b>, exposto a ALS pelos pais sinalizadores <b>até os 3
anos de idade</b>;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Early-signers</b>, primeira exposição a língua <b>entre 4-7 anos</b>;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Later-signers</b>, <b>entre 11-14 anos</b> de idade.</span></li>
</ul>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os grupos 2 e 3 são de surdos que nasceram de pais ouvintes
e inicialmente frequentavam escolas regulares usuárias da língua oral, e
posteriormente foram transferidas para escolas de surdos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4IfcBhbml5gkLi_Q4fspmkXHGuVTuQGB9JoAuhTscQEjMuwhqrP_SDByu5Uah-ROEBQ1E-CKb-1lcIRAcct9TzAM2njx_lA19P4e-0Z0Merptu6RMOIiwMvpCw5nP7vEaBRPbyc88gCE/s1600/graficos+compara%C3%A7%C3%A3o+entre+surdos+e+ouvintes.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4IfcBhbml5gkLi_Q4fspmkXHGuVTuQGB9JoAuhTscQEjMuwhqrP_SDByu5Uah-ROEBQ1E-CKb-1lcIRAcct9TzAM2njx_lA19P4e-0Z0Merptu6RMOIiwMvpCw5nP7vEaBRPbyc88gCE/s640/graficos+compara%C3%A7%C3%A3o+entre+surdos+e+ouvintes.png" width="296" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Gráfico retirado do artigo original.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo os autores, analisando o cérebro como um todo, não
houve diferenças significativas entre os surdos e os ouvintes. Porém, avaliando
as áreas da visão, as pessoas que tiveram contato com a ASL, antes dos 3 anos
de idade, apresentaram maior quantidade de massa cinzenta comparando com os
outros grupos de surdos e com os ouvintes (veja os gráficos) - o estímulo pelos
pais logo ao nascer deve explicar este fato. Já as pessoas que tiveram contato após
os 7 anos apresentaram menos massa cinzenta nessas áreas mesmo em reação ao
grupo controle - isso sugere que a aquisição recente da linguagem, falada ou
sinalizada, origina a mesma formação no córtex visual. E ao contrário, esse último grupo apresentou
maior quantidade de massa branca na região dorsal do córtex visual associativo
do que todos os demais inclusive o grupo controle. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este resultados analisados junto com um trabalho posterior
realizado mostraram que <b>além da diferença funcional também há alterações
estruturais do cérebro na região occipital, sugerindo que as alterações não são
devido a privação da audição, mas por causa da idade de aquisição da língua de
sinais</b>, afirmam os pesquisadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por limitação técnica, não se sabe se o que ocorreu no grupo
de aquisição tardia foi o diminuição da massa cinzenta ou o aumento da massa branca,
visto que nessa área o normal é que ambas sejam encontradas na mesma
quantidade. Interpretando como a
primeira opção, os autores sugerem que o aprendizado precoce da ASL está
associado ao aumento dessa massa na região visual do córtex, o que pode propiciar
uma maior percepção para a análise dos sinais, e por tanto, um processamento
mais rápido dos sinais. Apropriando-se da segunda interpretação, o aumento da
massa branca corresponderia a um número maior de conexões entre a área da visão
e outras áreas envolvidas com a linguagem, tratando-se de uma organização
neural ineficiente, o que estaria na base da dificuldade de processamento da
linguagem desses indivíduos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O trabalho concluiu que <b>a aquisição precoce da linguagem é
importante para a organização e desenvolvimento estrutural do cérebro</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Reforço, então, para chamar a <b>atenção</b> dos pais e dos
profissionais da saúde para que, independente do caminho a ser escolhido, após
a detecção da surdez, é extremamente importante o contato precoce da criança
surda com a Língua de Sinais. Pois <b>a privação da linguagem, e não a surdez,
trará dificuldades pro desenvolvimento da criança</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>FONTE</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">SIDONIE PÉNICAUD at al. Structural brain changes linked to
delayed first language acquisition in congenitally deaf individuals. Elsevier Inc. 2012.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><o:p></o:p></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-29921057179079738342013-04-03T16:43:00.001-03:002013-08-21T21:11:58.209-03:00Língua Brasileira de Sinais e Saúde: ação em saúde para os surdos de Juiz de Fora<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="userContent">
</span><span class="userContent">No dia 22 de março tive mais uma
experiência nova em relação a surdez: fiz entrevistas médicas em língua de
sinais com pacientes surdos.</span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="userContent" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsqwJVcdPm_dLPieHA-koC9vdXq3dyM-X_CzVl67mRZwlkGI0iw2UfCKeVoJq2YJtk7O8yd8AC8GeWrFm6dM7AD-mDnlvaAlr15I6Mguv-bF9LBbieN5QPJb4x1gF94guhaHANx-gt8NI/s1600/885461_10151525889194868_1567716611_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="" border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsqwJVcdPm_dLPieHA-koC9vdXq3dyM-X_CzVl67mRZwlkGI0iw2UfCKeVoJq2YJtk7O8yd8AC8GeWrFm6dM7AD-mDnlvaAlr15I6Mguv-bF9LBbieN5QPJb4x1gF94guhaHANx-gt8NI/s320/885461_10151525889194868_1567716611_o.jpg" title="" width="320" /></a>Na Universidade Federal de Juiz
de Fora (UFJF), fui um dos idealizadores do projeto <b>“Libras e saúde: acessibilidade
no atendimento clínico"</b>, que é uma parceria entre o comitê local da <i>International
Federation of Medical Students Associations of Brazil (IFMSA-Brazil),</i> o <i>Núcleo
de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade</i> (NEPED), a <i>Faculdade de
Medicina da UFJF</i>, da <i>Pró-Reitoria de Extensão</i> (PROEX) e o <i>Centro de Ensino de
Cultura e Educação em Libras</i> (Cecel). Este projeto, no início, era um curso de
extensão, nos moldes do projeto da IFMSA-Brazil <a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/projeto-libras-em-saude-acessibilidade.html" target="_blank"><b>"Libras em Saúde"</b></a>
. No entanto, a adesão ao curso foi significativa, e ele cresceu: atualmente a
primeira turma já finalizou o módulo 3, e o módulo 1 festá na sua terceira
turma. Além disso, hoje ele transformou-se em um <b>projeto de extensão</b> mais
complexo, dentro do qual está contemplado o curso de Libras.</span></div>
<span class="userContent" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
Como atividade de conclusão dos
módulos 2 e 3, cujo foco é o <b>atendimento em saúde</b>, os alunos (dentre os quais
eu me incluo) desenvolveram uma <b>Ação em Saúde</b> no dia 22 de março na <b>Associação
dos Surdos de Juiz de Fora</b>. Esta ação contemplava os seguintes pontos de
atendimento:<br />
<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Entrevista médica<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Aferição de glicose<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Cálculo do IMC<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Exame de acuidade visual<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Aferimento da pressão arterial<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span>Orientações finais<br />
<br />
A proposta era usar <b>exclusivamente
a língua de sinais como meio de comunicação</b>. Era expressamente proibido usar o
português, mesmo com aquelas pessoas que eram oralisadas. Desta forma tivemos a
oportunidade de colocar em prática o que aprendemos e oferecemos aos surdos
presentes a chance de serem atendidos usando a Libras.<br />
<b>Quais foram os resultados?</b> </span><br />
<a name='more'></a><span class="userContent" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="userContent" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos se
mostraram satisfeitos com a iniciativa e <b>apoiaram a nossa ação</b>, que contou com
cerca de 20 pessoas surdas. Notei que os surdos, ao se comunicarem comigo,
tinham muita preocupação em <b>sinalizar de forma mais pausada</b>, e quando sabiam,
usavam a língua portuguesa oral. Isto provavelmente é consequência das
experiências ruins que já tiveram em consultas médicas anteriores, e o medo de
não serem compreendidos. Além disso, a prática me chamou a atenção para pequenos
detalhes que fazem toda a diferença durante uma consulta com um paciente surdo,
e que muitas vezes são negligenciados. <b>Por exemplo, esperar o paciente acabar
de falar para depois fazer as anotações, diferente do que a maioria dos médicos
faz hoje (mal olham para o paciente durante seu relato).</b></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="userContent">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7wzzDSohmWJ9EITBziDaq78HEug2pza___bZ0oKfFXTQW7Cl_baqiWWE2HnjnW7k2FWSC5OMGuHsg7IpuOc0Lnm5SqrTZ-kM9wJsBdDV0cloN8mFyIkMv5EV9E_z3AiQZPGzwYJ8ARSw/s1600/901171_10151525875674868_413138785_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7wzzDSohmWJ9EITBziDaq78HEug2pza___bZ0oKfFXTQW7Cl_baqiWWE2HnjnW7k2FWSC5OMGuHsg7IpuOc0Lnm5SqrTZ-kM9wJsBdDV0cloN8mFyIkMv5EV9E_z3AiQZPGzwYJ8ARSw/s200/901171_10151525875674868_413138785_o.jpg" width="200" /></a>E durante a ação, ouvimos várias histórias. E algumas chamaram
bastante a nossa atenção, principalmente a minha que já havia lido alguns
relatos em artigos científicos. Dentre eles, um homem, pai de família, por
volta dos seus 40 anos de idade, relatou <b>NUNCA</b> ter realizado qualquer tipo de
exame médico (nem mesmo um simples hemograma), por jamais ter conseguido se
comunicar com o médico. E outra história foi o relato de uma mulher, por volta
dos seus 40 anos também, relatou sofrer uma dor constante e já há algum tempo
na região dos ovários. Apesar de ter ido ao médico, ela não sabe relatar o que
tem, pois <b>não compreendeu o que este disse</b>. E então, ela continua sofrendo com
um problema desconhecido, podendo até ser um ovário policístico. <br />
<br />
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="userContent">Em suma, esta ação me permitiu sentir na pele como é atender
um paciente surdo e ensinou-me como este atendimento deve ser feito. Além
disso, com o relato de histórias que são inaceitáveis, a meu ver, estou com mis
vontade de continuar com o projeto e expandi-lo ainda mais.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="userContent">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b>Se você possui algum relato sobre problemas durante
consultas em saúde (médico, dentista, fisioterapeuta etc) ou gostaria de deixar
sua opinião sobre a nossa cão, fique a vontade para deixar seu recado.</b></div>
</span><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHjSK1rBtiD1Vxbn95Jv9qke5aRokJPQkUAh2fGkULfTwBuvmokvJhbGqVrCA32Ulfm5T7TNDSpfLeYKGUTlaX-Im6ksBGAL-4GzBpL6TzsuMs6-vLFr9sFbnsdzXKL3S0RtAEqJru7Lg/s200/903397_10151525874509868_1051709378_o.jpg" width="200" /></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
</div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-5263363487355255502013-02-25T23:23:00.000-03:002013-07-01T20:54:51.213-03:00Música combina com surdez?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Boa noite!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de tudo, quero pedir desculpas pela desatualização do
blog. Este ano está sendo muito atípico: várias atividades estão acontecendo ao
mesmo tempo e está difícil conseguir atualizar o blog. Mas prometo dar continuidade, postando mensalmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFKHI4HEVLwCd8_MmEBTNDG3iPQ5LmmQXjvhaa1nE8vyIW9tttWpQI4UGSgFa1Fd59RCA-OyEPR93dF0_RHt3q8N8KqgluoisjS0biJ5Ii7rxS8U1o6J_dklxriDDbffU8AEk0G1gDYfw/s1600/BATUQU~1.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFKHI4HEVLwCd8_MmEBTNDG3iPQ5LmmQXjvhaa1nE8vyIW9tttWpQI4UGSgFa1Fd59RCA-OyEPR93dF0_RHt3q8N8KqgluoisjS0biJ5Ii7rxS8U1o6J_dklxriDDbffU8AEk0G1gDYfw/s320/BATUQU~1.JPG" width="226" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Prevalece na nossa cultura
(ouvinte) a relação entre música e ouvir. Isto é, o aparelho auditivo é o
responsável por produzir as sensações que sentimos quando ouvimos música. Sendo
assim, há o pensamento de que as pessoas com surdez, principalmente a surdez
profunda, estão privadas desta arte.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma vez, um amigo me disse que o
único pesar que ele tinha, em relação aos surdos, era deles não poder ouvir
música. Mas será que os surdos não podem desfrutar dos prazeres da música de
fato?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E aproveitando o período pós-carnaval gostaria de
compartilhar com vocês uma reportagem que encontrei no blog <a href="http://www.libras.info/"><b>Libras.Info</b></a> e que
nos ensina muito e por isso merece ser compartilhada por todos.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
grupo <b>Batuqueiros do Silêncio</b> vem para nos ensinar que os surdos podem sim
vivenciar a música. Este é um conjunto de instrumentistas surdos, da cidade de
Recife, e que tocam músicas típicas da região (maracatu, frevo, ciranda). A
iniciativa surgiu a partir do professor Mestre Batman. Ele criou um metrônomo –
instrumento que marca o tempo do compasso musical – diferente, que guia os
alunos e permite que eles executem as músicas brilhantemente. </span></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acessem o <a href="http://g1.globo.com/pernambuco/carnaval/2013/noticia/2013/02/batuqueiros-surdos-chamam-atencao-ao-tocar-em-maracatu-no-recife.html">link</a> para entenderem como o trabalho é realizado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Times New Roman;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comprovando esta questão - <b>o
surdo e a música</b> - foi divulgado há alguns anos atrás um trabalho realizado
pelo <b>Dr. Shibata</b>, médico professor assistente de radiologia na Universidade de
Washington – Infelizmente não consegui encontrar o artigo, mas algumas
reportagens sobre a mesma notícias foram publicadas na internet conforme podem
acessar nas referências. Neste trabalho foi analisado a reação cerebral à
vibração em 10 surdos e 11 ouvintes.</span></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O que foi notado é que em ambos os grupos
ouve a ativação da mesma região cerebral – a responsável pela percepção da
vibração. Porém, nos surdos, ocorreu concomitantemente a ativação da área
responsável pela audição. O que levou o pesquisador a concluir que <b>os efeitos
provocados pela música são os mesmos tanto em ouvintes quanto em surdos</b>.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Leia abaixo um trecho da
explicação do professor Shibata, retirado do <a href="http://emedix.uol.com.br/not/not2001/01nov27neu-uw-bod-surdez.php"><b>site UOL</b></a>:</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"A informação relativa a vibração tem
essencialmente as mesmas características que a informação sonora –faz sentido,
portanto, que para os surdos uma modalidade possa substituir a outra na mesma
região cerebral. <b>É a natureza da informação, e não sua modalidade, que parece
ser importante para o cérebro em desenvolvimento</b>".</span><br />
</span><span style="font-family: Times New Roman;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, o projeto do mestre Batmam
e os outros apresentados nos ensinaram que pra tudo é preciso ter boa vontade e
vontade de fazer a diferença. Possivelmente ele não conhecia a teoria
elaborada pelo professor Shibata, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mas
pelo simples fato dele acreditar que era possível, ele quebrou um paradigma e
criou o grupo Batuqueiros do Silêncio. E podemos finalizar com a frase do
próprio mestre: <b>“A música é uma língua universal”.</b></span></span><br />
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A seguir assista ao <u>curta Os Batuqueiros do Silêncio</u>, e
cofinram o resultado deste trabalho.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/pJkuBvslTm0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outras Referências:<br />
<span lang="EN-US" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/1678419.stm" target="_blank">Brainhelps deaf enjoy music - Wednesday, 28 November, 2001</a></span><br />
<span lang="EN-US" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="http://www.webmd.com/news/20011128/deaf-people-can-feel-music" target="_blank">DeafPeople Can "Feel" Music - Nov. 28, 2001</a></span></span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-11512135669686957092012-09-22T00:44:00.001-03:002013-08-21T21:04:56.269-03:00Um surdo às avessas<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhshAyVlNQMhMB1VHIsF0lA3xmL9BB7EeZk3aOqoVMGCR_GpsxwAzhbPqSne3SZiarp4nEE10E1suj4RvysozZn8FgU_JOZb7n_vJzU0xq04pUpR6Nt9kU1LgMDmA0SeX8tBxP-J6r1tdo/s1600/surdo+as+avessas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhshAyVlNQMhMB1VHIsF0lA3xmL9BB7EeZk3aOqoVMGCR_GpsxwAzhbPqSne3SZiarp4nEE10E1suj4RvysozZn8FgU_JOZb7n_vJzU0xq04pUpR6Nt9kU1LgMDmA0SeX8tBxP-J6r1tdo/s400/surdo+as+avessas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um surdo às avessas</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Várias pessoas reunidas em um
mesmo lugar. Aparentemente, todas confortavelmente interagiam entre si usando a
mesma língua. Conversas, trocas de experiências, um fazendo brincadeira com o
outro. No entanto, havia uma pessoa que não estava se sentindo bem com aquela
situação. Na verdade, esta pessoa estava se sentindo totalmente deslocada. A cada
momento aumentavam as sensações de insegurança, ansiedade e frustração. Por
quê? Pois ela simplesmente não conseguia se comunicar com todos os demais, apesar
de sua vontade de poder conhecer novas pessoas, saber sobre a experiência de
vida delas, perguntar o que estavam achando do evento. Por não ser fluente na
língua usada pela maioria naquele ambiente, nem ousava dizer “Oi! Tudo bem?”;
pois o outro começaria a falar e a questionar e ela correria o risco de não
compreender nada. A vergonha seria muita e a frustração ainda maior. Sendo
assim, esta pessoa ficou recolhida no canto, apenas observando, procurando
alguém do seu grupo com quem pudesse se comunicar.</b></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois bem, essa poderia ser a
história de um surdo no meio da sociedade atual, que é majoritariamente
ouvinte. Porém, aquela pessoa sou eu, e este fato aconteceu comigo nos
primeiros dias em que participei do </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XI Congresso Internacional e XVII Seminário
Nacional do Instituto Nacional de Educação de Surdos</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">. Estou há menos de um ano imerso no mundo da
surdez e aprendendo a língua de sinais, e este foi o meu primeiro grande contato
com vários surdos. Logo, minhas habilidades e meu conhecimento da Libras é
muito restrito. Nestes dias eu fui um </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">surdo às avessas</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">. Pois acredito que sejam
os mesmos sentimentos que este sente quando está em um meio impossibilitado de se
comunicar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diferente da ida a pizzaria com o
grupo do curso de Libras, esta foi uma experiência sentindo na pele espontânea.
E me estimulou a estudar mais a Língua Brasileira de Sinais e a continuar a
promover a conscientização dos demais ouvintes para a importância de se saber
se comunicar com o surdo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acesse também:</span><br />
<br />
<ul>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/05/surdo-sofre-sentindo-na-pele.html" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>"Surdo sofre" - sentindo na pele</b></a></li>
</ul>
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O congresso foi uma experiência
muito boa e serviu de inspiração para a criação de vários </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">posts</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> para o blog. Aguarde novas atualizações!</span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-15570749968931433572012-09-16T20:09:00.000-03:002012-09-19T19:58:26.591-03:00XI Congresso Internacional e XVII Seminário Nacional do INES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5VQom_Huj6FHiy2NLE-jXWzyWOjx6a98JLwTIGQBkrsnHBRMrOzGjGWiX-R-qqjlt_fXlH1yDrk4TAfmqW9Ph266tf5b0cLPPAqs6t_nDhq4sdD_L2q-CQj6ZGzvS1Mcz8h5MTJgMp4s/s1600/ines.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="139" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5VQom_Huj6FHiy2NLE-jXWzyWOjx6a98JLwTIGQBkrsnHBRMrOzGjGWiX-R-qqjlt_fXlH1yDrk4TAfmqW9Ph266tf5b0cLPPAqs6t_nDhq4sdD_L2q-CQj6ZGzvS1Mcz8h5MTJgMp4s/s640/ines.png" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta semana terei o prazer, de pela primeira vez, participar do <b>Congresso Internacional e do Seminário Nacional do INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O evento ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro do dia 19 ao dia 21 de setembro. Sendo que no dia de amanhã, segunda-feira, acontecerá o mini-curso cujo tema será: Núcleo de Orientação à Saúde do Surdo: uma abordagem de educação em saúde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acesse: <a href="http://congresso.ines.gov.br/ines_congresso/home/?v=inicio"><b>Congresso INES</b></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estou ansioso e curioso para poder aprender sobre esta temática. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em breve trarei os relatos desta semana! Aguardem!</span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-21855188808283016152012-09-05T01:41:00.000-03:002013-08-21T21:17:49.968-03:00Direito à saúde ou direito à acessibilidade à saúde?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8caxReRxhXhj1Qv7siLskPZ3YFTY_nITxFw2Jauup5bwX6ZWuyOL7rnXTHenR4N2qr6FVt2nxahpY1EmLkwF8Acsu-dn9srjypos_6o-kjGQU7S-rkWPIs6tYc2vDxTZ1zePz-xRGB4Y/s1600/6healt.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8caxReRxhXhj1Qv7siLskPZ3YFTY_nITxFw2Jauup5bwX6ZWuyOL7rnXTHenR4N2qr6FVt2nxahpY1EmLkwF8Acsu-dn9srjypos_6o-kjGQU7S-rkWPIs6tYc2vDxTZ1zePz-xRGB4Y/s200/6healt.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Devido à falta de formação dos profissionais de saúde, muitos usuários surdos passam por situações de constrangimento, como permanecer por horas em um centro de saúde aguardando para ser atendido, e perder a vez por não ouvir a atendente chamar pelo seu nome. Afinal, eles são surdos!</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Vejam os relatos que se seguem nesta publicação.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Acessem outras postagens do blog relacionados ao tema:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative; text-align: start;">
<ul>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/03/o-medico-e-familia-do-paciente-surdo.html"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O médico e a família do paciente surdo</span></a></li>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/02/primeiramente-quero-pedirdesculpas-pelo.html"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Conhecendo na pele a realidade da saúde para o paciente surdo</span></a></li>
<li><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/06/morrer-por-falta-de-informacao-e.html">Morrer por falta de informação é inaceitável<a name='more'></a></a></span></li>
</ul>
</h3>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"> I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"> II - [...]</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"> III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;</span></span><br />
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"> IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; [...]</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Este artigo foi retirado da <b>Lei Orgânica nº8080/90</b> que trata do Sistema Único de Saúde do Brasil. Segundo o primeiro inciso deste artigo, todo cidadão brasileiro tem direito a saúde em qualquer serviço oferecido (posto de saúde, serviços de especialidades, hospitais, urgência e emergência). Mas o que seria o direito a saúde? Seria somente o direito a agendar uma consulta médica? Não! Até o paciente assentar em uma cadeira dentro do consultório, há vários fatores no meio do caminho, o que se pode chamar de ACESSIBILIDADE! Mais do que o direito a saúde, <b>TODO CIDADÃO DEVE TER GARANTIDO SUA ACESSIBILIDADE À SAÚDE.</b> Será que um cadeirante consegue ir até a Unidade de Atenção Primária de sua rua, caso esta esteja em más condições? Uma mãe que precisa sair cedo para trabalhar para garantir a alimentação de seus filhos tem disponibilidade para permanecer horas na fila para conseguir agendar uma consulta? E uma pessoa com surdez conseguirá expor sua queixa ou agendar uma consulta se ninguém souber se comunicar com ele?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Agora imagine você chegar para uma consulta médica, que provavelmente levou um tempo para se conseguir a vaga, <b>esperar por cerca de 7 horas, não ser atendida e ainda correr o risco de perder sua consulta</b> e ter que retornar ao Centro de Saúde para pegar outro encaminhamento. Imaginou? Revoltante? E se, para completar, este ocorrido ser devido ao fato de você não ouvir chamarem o seu nome por você ter surdez e os profissionais do local não se atentarem a isso? Pois bem, isto é um fato! Aconteceu com a auxiliar de enfermagem Lindacir Gonçalves, de 54 anos, no Ambulatório da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Ela foi até o hospital para uma consulta, pois ela precisa de um aparelho auditivo, e foi apresentar um exame de audiometria. Esta notícia foi divulgada pelo site G1 (g1.globo.com). Esperava-se que os profissionais soubessem da deficiência da senhora Lindacir, pelo tipo de serviço que ela foi procurar.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Esta história seria menos trágica se fosse um caso isolado. Mas não é a verdade. Infelizmente! Assista abaixo o depoimento do professor de Libras, Daniel Moraes, de Juiz de Fora, que é surdo. Ele conta algumas experiências que viveu em consultas médicas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwx3VjHWmfrShRcyLH0E_C6LJysR1PutRZqqf43q7ih59sMeCO5H2t8N3A-2OO1dnFmbkuFHcoKzXy2_w6vUA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este vídeo foi produzido pelo professor Carlos Rodrigues, da faculdade de Educação da UFJF, com a colaboração da fonoaudióloga Carla Couto de P. Silvério.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em fim, segundo o inciso III, do Artigo 7º, deve-se defender a integridade física e moral do usuário do sistema de saúde. Fica a pergunta: como é que estas pessoas (com surdez) se sentem em situações como esta?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REFERÊNCIAS:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lei Orgânica 8080/90</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mulher quase surda deixa de ser atendida porque não ouviu chamado - </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/08/mulher-quase-surda-deixa-de-ser-atendida-porque-nao-ouviu-chamado.html" style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; letter-spacing: -0.06em; text-align: left;">g1.globo.com</a><b style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; letter-spacing: -0.06em; line-height: 115%;"> </b></div>
<br />Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-51177622918642227022012-07-31T11:30:00.000-03:002012-08-22T17:44:36.603-03:00Entrevista - A experiência de um acadêmico de medicina com pacientes surdos<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Rx2q0SeXHH5ZYXZAB0_d9-SR74JJymedY_K7t1VtnH_Qtcewog-gjlPu-utfFOQwOpnF5uXS6GuUv0UGjn7E4yqmx0A7RKVRrF9Ce2xfOg0RyN_Yt6nDVUKNsA5Mh_fS6ut9L8EbG7k/s1600/blog+renato.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Rx2q0SeXHH5ZYXZAB0_d9-SR74JJymedY_K7t1VtnH_Qtcewog-gjlPu-utfFOQwOpnF5uXS6GuUv0UGjn7E4yqmx0A7RKVRrF9Ce2xfOg0RyN_Yt6nDVUKNsA5Mh_fS6ut9L8EbG7k/s320/blog+renato.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fabrício Costa Ferreira</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este blog tem como um de seus objetivos, chamar a atenção dos acadêmicos
e funcionários da saúde para a realidade do paciente com surdez, tanto para os aspectos
socioculturais quanto para as suas especificidades, podendo assim, proporcionar
um atendimento de melhor qualidade e mais humanizado. Para isso, tentamos <b>quebrar alguns paradigmas</b>,
como pode ser notado em postagens anteriores, bem como o <b>relato de experiências</b>
dos surdos. Pois bem, hoje estou postando a entrevista realizada com <b>FABRÍCIO
COSTA FERREIRA</b>, acadêmico do 11º período (6º ano) da Faculdade de Medicina de
Barbacena. O objetivo foi mostrar o ponto de vista de um profissional/acadêmico
da saúde e tentar passar sua experiência com pacientes surdos e com a Libras. Além
disso, provar que os surdos existem. Pois, por incrível que pareça, muitos
afirmam que quase não existem surdos, ou que em toda sua experiência em hospitais
nunca atendeu um surdo, sendo toda essa discussão de acessibilidade
desnecessária.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Leia as postagens no nosso blog:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="color: #2a2a2a; line-height: 14.25pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/03/relato-de-vida-cleo-morais.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 14.25pt;"> Relato de Vida - Cleo Morais</a></li>
<li style="line-height: 14.25pt;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/03/quebra-de-paradigmas-3-vanessa-vidal.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 14.25pt;">Quebra de paradigmas [3]– Vanessa Vidal, Miss Ceará 2008; um exemplo de beleza, simpatia e força de vontade.</a></li>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/02/primeiramente-quero-pedirdesculpas-pelo.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 14.25pt;">Conhecendo na pele a realidade da saúde para o paciente surdo</a></li>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/03/o-medico-e-familia-do-paciente-surdo.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 14.25pt;">O médico e a família do paciente surdo</a></li>
</ul>
<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A seguir, a entrevista com Fabrício C. Ferreira:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">BLOG:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> <b>Você
tem conhecimento de língua de sinais? Se sim, qual o nível do seu conhecimento
sobre a língua? E a partir de quando começou a aprender?<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> Tive a oportunidade de fazer parte
do curso de Libras do curso como disciplina optativa dentro da própria
faculdade. Infelizmente por haver uma sobrecarga das disciplinas na Medicina,
fiz apenas um semestre de Libras e tenho um conhecimento básico geral. Não acho
o curso muito fácil, exige muita dedicação. Durante as aulas, tivemos a
oportunidade de conviver com várias crianças e adultos surdos que dominavam a
linguagem através dos sinais, o que tornou as aulas mais prazerosas e facilitou
o nosso aprendizado. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">BLOG:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> <b>Você
possui algum parente ou amigo surdo?</b> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> Não tenho parentes com amigos com
deficiência auditiva.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">BLOG:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> <b>Durante
o seu curso, em algum momento você foi instruído de como atender um paciente
surdo? O que lhe ensinaram sobre a surdez e sobre o paciente surdo?<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> Durante o curso de graduação não
temos nenhum tipo de aula ou orientação sobre como proceder diante de um
paciente com surdez. Acredito que o curso de Libras foi extremamente válido
neste aspecto, proporcionando aos acadêmicos esta oportunidade de contato,
convivência e conhecimento. Em relação a surdez enquanto doença, é
relativamente comum a discussão nas aulas teóricas, mas as limitações impostas
no indivíduo que a apresenta, não são discutidas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">BLOG: Você já teve contato com
pacientes surdos? Se sim, relate-me as histórias. No local (hospital, UAPS)
existia algum funcionário que era intérprete?</span></b><span style="color: #2a2a2a;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO: </span></b><span style="color: #2a2a2a;">No meu primeiro contato com o
paciente surdo, eu era acadêmico de fisioterapia e estava em um grande hospital
de Belo Horizonte. O paciente, que não tinha acompanhante, apresentava um
quadro de infecção pulmonar grave e necessitava de fisioterapia respiratória.
Infelizmente percebi que havia certa negligência, pois boa parte dos
profissionais e acadêmicos não sabia como proceder diante daquele senhor,
deixando-o extremamente <b>ansioso e
agitado</b>. Eu mesmo não consegui desenvolver a atividade que foi proposta por
falta de conhecimento na linguagem, tornando a <b>relação profissional X paciente bastante delicada e insatisfatória.</b>
Naquele momento, eu pude perceber o quanto é necessário este conhecimento para
acolher e promover um tratamento eficaz. <o:p></o:p></span></span><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; line-height: 17px; text-align: start;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O senhor continuou internado no hospital realizando seu tratamento normalmente, porém não existia muito contato com o paciente. A relação profissional X paciente esteve prejudicada pela falta de comunicação. Ele esteve muito agitado, sendo necessário conter o mesmo ao leito. Talvez a falta de comunicação tenha proporcionado ou facilitado esta agitação do mesmo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No segundo contato, no mesmo hospital, tive a oportunidade de acompanhar
o atendimento de uma família de surdos que foram atropelados. A situação foi
muito diferente, pois no setor <b>havia
alguns profissionais que dominavam a linguagem</b>. Pude perceber a <b>diferença de atendimento</b>, afinal os
pacientes encontraram pessoas que entendiam seus sinais e assim ficaram <b>muito tranquilos e aceitaram bem o
tratamento estabelecido</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">BLOG: Você conhece
o Decreto de lei nº 5626?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> Tive conhecimento sobre o decreto de
lei quando fiz parte do curso de livras, mas infelizmente não o conheço
profundamente. Em algumas aulas ele foi discutido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">BLOG: Você acha que
saber a língua de sinais é importante para a profissão do médico?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="color: #2a2a2a;">FABRÍCIO:</span></b><span style="color: #2a2a2a;"> O conhecimento sobre a língua dos
sinais é fundamental não só para os profissionais médicos, mas também para
qualquer cidadão. Ao fazer as aulas de libras, pude observar que existem muitos
surdos próximos de nós; acredito que a falta de conhecimento sobre essa
linguagem nos afasta da população surda e favorece a exclusão social.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #2a2a2a;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa entrevista é bastante ilustrativa da realidade do acesso a saúde do
paciente com surdez. É inaceitável que um paciente não possa receber
atendimento pelo fato dos profissionais não conseguirem se comunicar com ele. E
ele pode, através de sua experiência, ilustrar a importância de se atender a
pessoa com surdez em língua de sinais: no primeiro relato, o paciente ficou “ansioso
e agitado”, e no segundo, a família, “muito tranquilos e aceitaram bem o
tratamento estabelecido”. E isto vem corrobora a defesa do ensino da Libras nas
faculdades da área da saúde. O que felizmente acontece na Faculdade de Medicina
de Barbacena. O que precisamos fazer é incentivar os acadêmicos a procurarem
essa formação.</span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-4236584204758259622012-07-16T15:33:00.001-03:002012-08-22T17:51:36.534-03:00Cultura surda - língua de sinais ou a forma de se relacionar com o mundo?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh27bhHvcAuiA4VOwsaYAI12gupBgRg6_hyphenhyphenKxg-h8xrl9F8ofT9o4gtSk2LA5_hGUjACFFrLO_8WXDZvIPauKuNrkvhiucj79F6lPyAejcDLZikLoNYMd4tAbpyPnaGbtEs2GpL1RWhS20/s1600/ImagemKarin.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh27bhHvcAuiA4VOwsaYAI12gupBgRg6_hyphenhyphenKxg-h8xrl9F8ofT9o4gtSk2LA5_hGUjACFFrLO_8WXDZvIPauKuNrkvhiucj79F6lPyAejcDLZikLoNYMd4tAbpyPnaGbtEs2GpL1RWhS20/s320/ImagemKarin.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Cultura:</b> segundo as aulas de antropologia, a
cultura é uma <b>representação social</b>, comum a um grupo de pessoas que
compartilham a <b>mesma história</b>, o <b>modo de analisar a realidade</b>, a <b>mesma forma de
comunicação</b>. E por ser inerente ao ser humano, como este é passível de
mudanças, a cultura é algo em constante <b>transformação</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">Na <a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/07/existe-deficiencia-ou-todos-somos.html">última publicação</a> apresentei um questionamento
que me fiz nos últimos dias sobre a definição de “deficiência”. No entanto,
outro tema me intrigou também, a questão sobre a <b>“cultura surda”</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">No texto, <b><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/quebra-de-paradigmas-2-diversidade.html">Quebra de paradigmas [2] – A diversidade dentre os diferentes</a></b>,
publicado aqui no blog, abordei os diferentes tipos de pessoas com surdez que
existem, questionando o uso generalizado do termo “surdo”. Como citado,
considera-se <u>surdo àquela pessoa que utiliza a língua de sinais como meio de
comunicação</u> <b>E</b> <u>se vê fazendo parte de uma cultura surda</u>. E esta, por sua vez,
tem na <b>língua de sinais o elemento identificador</b>. E o deficiente auditivo, é
quem nega o uso da língua de sinais e é defensor do uso de aparelhos
amplificadores e de implante coclear.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">Li um artigo, não o encontrei novamente para referenciá-lo, que
questionava a “cultura surda”, e nele, o autor afirma que as minorias
utilizam-se da própria “diferença” como uma forma de levantar a auto-estima,
agregando-se os diferentes, tornando a diferença algo “normal”. E com isso,
criam preconceitos contra quem não possui o elemento que os tornam semelhantes,
no caso a surdez e o uso da língua de sinais, para aumenta a sua
representatividade. Para mim fez sentido esta ideia, porém me pareceu um
paradoxo o fato de o combate ao preconceito gerar mais preconceito. Se o uso da
língua de sinais é que torna o surdo um Surdo – membro de uma cultura surda - me
questionei e perguntei ao meu amigo: e se a pessoa se vê como surda, mas por
alguma razão não faz uso de Libras, ou ela faz o uso da Libras e possui IC e se
vê como Surda? Ela será excluída pelos Surdos? O posicionamento do Davi, meu amigo, foi
bastante interessante e sensato: <b>“</b></span><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><b>cultura surda é toda uma FORMA DO SUJEITO SURDO SE RELACIONAR COM O
MUNDO [...] acho que é mais participar de um mundo visual.”</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">Ainda bem que a cultura está em constante
movimento, então pode ser que a cultura surda seja mais flexível com o passar
do tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>Não nego a existência da cultura surda</b>, afinal de
contas, há uma história surda, há uma forma semelhante de comunicação entre os
surdos, e o modo de perceber o mundo é semelhante. No entanto, acredito que o
que precisa <b>mudar os “critérios”</b> para se definir se uma pessoa é Surda
ou não.</span><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><b>E você, leitor? O que acha sobre isso? Existe uma cultura surda? Como defini-la?</b></span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-23622729504943787582012-07-11T18:36:00.000-03:002012-08-22T17:48:37.981-03:00Existe deficiência ou todos somos deficientes?<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYEkEJRkK2q2eC0tIX_2yEbiNkHQ4xMLj8-KeZu874wXkrPUGCwwIQrdnoF3UpcePNti0-qLO3oqcedjb2k_Lnv9HQPZNeg1_9q01FvZqPJSsWK2oHM8NvXz9Tm9R1s-9ZOlQZchdaN7Q/s1600/g_122046922.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYEkEJRkK2q2eC0tIX_2yEbiNkHQ4xMLj8-KeZu874wXkrPUGCwwIQrdnoF3UpcePNti0-qLO3oqcedjb2k_Lnv9HQPZNeg1_9q01FvZqPJSsWK2oHM8NvXz9Tm9R1s-9ZOlQZchdaN7Q/s200/g_122046922.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google. Surdos se comunicando.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">Nos últimos dias me fiz alguns questionamentos
sobre dois pontos de vistas que aprendi em relação à surdez: um é a </span><span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"> a </span><b style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">distinção entre Surdos e Deficientes auditivos, e a existência de deficiência; </b><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">e o outro,</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"> </span><b style="background-color: white; color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">cultura surda. </b><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;">E debati sobre
isso com o Davi, um amigo meu. E decidi compartilhar com vocês nossa discussão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">|A </span><b style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">surdez, para a visão antropológica, não é
deficiência, mas mais um modo de ser do ser humano. Mas por que a cegueira é uma deficiência?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja:</span><br />
<ul>
<li><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/quebra-de-paradigmas-1-eles-sao-surdos.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Quebra de paradigmas [1] - Eles são surdos!</b></a></li>
<li><b style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/quebra-de-paradigmas-2-diversidade.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quebra de paradigmas [2] – A diversidade dentre os diferentes<a name='more'></a></a></b></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZBmrJPAOaJdVBE4B4amjjV4INyIfpUoONDmcNS6eqEbO8iSgqzBp5H9bU7I7xW5slezdL-Ogt5u6PPl3fui4hTw3OUKjyrDyaurpof8yBA_nE6T15XV-LzWWXefOg5DcLN0h-Hu68F_g/s1600/braille-embossers.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZBmrJPAOaJdVBE4B4amjjV4INyIfpUoONDmcNS6eqEbO8iSgqzBp5H9bU7I7xW5slezdL-Ogt5u6PPl3fui4hTw3OUKjyrDyaurpof8yBA_nE6T15XV-LzWWXefOg5DcLN0h-Hu68F_g/s200/braille-embossers.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google. Leitura por Braile</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Acredito que se afirma que a surdez não é deficiência porque o surdo tem
a Língua de Sinais pra se comunicar - ele não perde essa habilidade. Os surdos
dizem que fazem tudo o que têm vontade, porém eles tem a limitação de não poder
trabalhar em alguma profissão em que ele vá depender totalmente do som para
executar sua tarefa. Isto é, uma impossibilidade. E com o cego? Ele não enxerga
com os olhos, isto o limita em relação a serviços totalmente dependentes do
visual. No entanto, ele consegue ler, através do braile, e ele
"enxerga" pelos dedos, pelo tato; assim como o surdo enxerga pelos
olhos. Então me pergunto, onde está a diferença entre a surdez e a cegueira
para uma ser considerada deficiência e a outra não? .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Uma pessoa paraplégica tem como limitação a locomoção, que pode ser
sanada pela cadeira de rodas. No trabalho, certas atividades que precisam do
movimento das pernas não poderiam ser desenvolvidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Então onde está a deficiência? Seria deficiência somente aquelas
congênitas, onde a pessoa pra sobreviver, depende 100% de outra ou de
aparelhos? Ou, como diria o Davi<b> “então todos nós não seríamos deficientes? Já
que todos nós temos nossas deficiências?”</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Defenderei então que <b>o conceito de deficiência é subjetivo</b>, partindo da visão de
cada pessoa sobre a sua limitação: se ela se enxergar impossibilitada de fazer
o que quer devido a perda de algum dos sentidos ou alguma alteração anatômica,
essa pessoa será Deficiente, caso contrário, não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Por fim, se a pessoa possui surdez, mas ela não se importa com isso, afinal
ela tem os olhos para ver e ouvir o mundo e suas mãos para se comunicar com
ele, ela será Surda, e na uma deficiente auditiva. É oq eu o Davi chamou de <b>“identidade
surda”</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><u>Caro leitor, gostaria de saber a sua opinião sobre esse assunto abordado na publicação de hoje.</u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 2.25pt; mso-line-height-alt: 10.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-6854396369672014582012-06-30T02:22:00.000-03:002012-08-22T17:54:01.363-03:00A arte difundindo a Libras e naturalizando a surdez!<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBnSWskFBphste4hZNQCCeg2R93Xe-Liuvq79swH5kwbFBgx8w2QGvIU_00qGy3MeGFmvjqq3kprbwr9LYuwfX8f6lrXFWyoHXL36doCczWJRCkTOgN8RKvyf9uZcJX50xCYWhaHuA8hw/s1600/luana13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBnSWskFBphste4hZNQCCeg2R93Xe-Liuvq79swH5kwbFBgx8w2QGvIU_00qGy3MeGFmvjqq3kprbwr9LYuwfX8f6lrXFWyoHXL36doCczWJRCkTOgN8RKvyf9uZcJX50xCYWhaHuA8hw/s320/luana13.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Blog CORPOSINALIZANTE</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; text-align: justify;">As redes sociais, a
internet, nos levam a descobrir um mundo de curiosidades inexplicável! Você
começa a procurar material sobre um determinado assunto, e a medida que vai
descobrindo, esse mesmo material te faz pegar caminhos não planejados e por
fim, você está lendo sobre outro tema!</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi desta maneira que
cheguei ao vídeo <b>“<i>Escola de Libras”</i></b>, e a partir dele cheguei ao <b><u>blog CORPOSINALIZANTE</u></b>. Este blog
pertence ao grupo, de mesmo nome, formado por jovens artistas surdos! Por mais
que eu não entenda de arte, de cinema, de performances, fiquei encantado com a
proposta deste grupo e com os trabalhos que eles já realizaram.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;">O vídeo foi feito em cima da performance <b>“<i>Aprenda uma outra
língua oficial brasileira! / O que você quer aprender em língua de sinais?</i></b></span><i><b>”</b>,</i> idealizado e protagonizado pela jovem Luana
Milani. Este trabalho faz parte do parte do projeto "4 performances de
rua", do Corposinalizante.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Ela fez do <b>espaço urbano</b>, uma Praça de São Paulo, uma
escola de Libras para a população ouvinte. Ela partiu de situações cotidianas
enfrentadas por ela, de problemas de comunicação entre ela e ouvintes para elaborar esta ideia. </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Fonte: </span><a href="http://corpo-sinalizante.blogspot.com.br/2011/06/projeto-4-performances-de-rua-sala-de.html" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><b>Blog Corposinalziante</b></a></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;">
</span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Qf-hFhdt_Ud0XRSECUYJsVm_72E894aih7HWqM2xv-iVApLfUKnGP9pvzz3lCj8g9WFECrmWg20CHVILjm9f3A1X9UWb7VgpyxuKgK140uciJuboXL4EYjtAxWT-oAq2C-USppcHyVg/s1600/luana05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Qf-hFhdt_Ud0XRSECUYJsVm_72E894aih7HWqM2xv-iVApLfUKnGP9pvzz3lCj8g9WFECrmWg20CHVILjm9f3A1X9UWb7VgpyxuKgK140uciJuboXL4EYjtAxWT-oAq2C-USppcHyVg/s320/luana05.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Blog CORPOSINALIZANTE</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A <b>Libras</b> é a Língua Brasileira de Sinais, a
<b>língua natural dos surdos</b>. Que diferente da língua dos ouvintes, oro-auditiva,
é espaço visual. Para aprender mais sobre a língua de sinais e sua importância para o desenvolvimento do surdo, veja o
post</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: xx-small;"> </span></span></span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><b><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/deficit-auditivo-diferentes-realidades.html" style="background-color: white;">Déficit auditivo - Diferentes realidades: a Língua de sinais</a>.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">A intervenção feita pela artista foi uma forma muito
divertida, lúdica, de <b>difundir a língua brasileira de sinais</b>. O aprendizado
através da <b>arte</b>, pela minha concepção, torna-se muito mais fácil, pois é muito
mais <b>prazeroso</b> do que uma palestra ou uma aula de horas de duração.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/OHt7TxCmVPo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;">Esse vídeo me chamou atenção
de alguns fatos: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTxKtA1fbrBialx9xk6lmDRMkK-Fpqm7DAI6JVjPEZq0F1UBW5gMnbCFaki0H7I1ryhPJf4JsY6GE55NP7H6IM2h-oEEo6i5kRt1Ve_9dP80xIVTVfUa-aSSsAkG5wHAzdblYUIsjjX4/s1600/luana12.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTxKtA1fbrBialx9xk6lmDRMkK-Fpqm7DAI6JVjPEZq0F1UBW5gMnbCFaki0H7I1ryhPJf4JsY6GE55NP7H6IM2h-oEEo6i5kRt1Ve_9dP80xIVTVfUa-aSSsAkG5wHAzdblYUIsjjX4/s320/luana12.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Blog CORPOSINALIZANTE</td></tr>
</tbody></table>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;">Ainda existem pessoas que
</span><b style="background-color: white; line-height: 115%;">não tem conhecimento da existência</b><span style="background-color: white; line-height: 115%;"> da Língua de Sinais, o que torna ações como a da
Luana, este blog, o projeto </span><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/projeto-libras-em-saude-acessibilidade.html" style="background-color: white; line-height: 115%;"><b>LIBRAS EM SAÚDE</b></a><span style="background-color: white; line-height: 115%;">, da IFMSA-Brazil, e tantas outras,
extremamente importantes. Precisamos continuar difundindo a Libras!</span></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;">O uso da <b>arte</b> permitiu a
<b>aproximação</b> de ouvintes até os surdos sem aquele susto ou medo, ou diria,
constrangimento por parte do ouvinte. A arte conseguiu <b>naturalizar</b> a surdez!</span></span></li>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 115%;">E terceiro, <b>o que falta é
incentivo</b> ao aprendizado da Libras! Todas as pessoas ficaram entusiasmadas ao
aprenderem essa nova língua. O senhor <i>(ver figura ao lado) </i>ficou radiante, e as
crianças se divertiram muito!</span></span></li>
</ul>
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; text-align: justify;">Vejam o vídeo, e deem sua
opinião! E aproveite para aprender alguns sinais (palavras em Libras).</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-23762724085728423712012-06-15T22:31:00.002-03:002012-06-20T17:20:47.102-03:00"Mulheres surdas tem 1,5 vezes mais chances de ser vítima de assédio sexual, agressão sexual, abuso psicológico e abuso físico do que as ouvintes."<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Mn9Qf-nxeMyOCzamil-wwX-ABo2yA8bu0AtcSqViP3SXqOIjl545hCIFhvRRcgwX8aRaABDO1T536FawZc1QXCiKikMEFFRqCbHn_4R7PIW8jDS1T6qzrfwuXfAjoSXq7Up_V9wb0Ms/s1600/agressao+mulher.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Mn9Qf-nxeMyOCzamil-wwX-ABo2yA8bu0AtcSqViP3SXqOIjl545hCIFhvRRcgwX8aRaABDO1T536FawZc1QXCiKikMEFFRqCbHn_4R7PIW8jDS1T6qzrfwuXfAjoSXq7Up_V9wb0Ms/s320/agressao+mulher.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fico
muito feliz quando encontro notícias que demonstram que existem pessoas
preocupadas em melhorar a acessibilidade do cidadão surdo. Eles têm todo o
direito à saúde, educação, lazer e, também, à segurança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na
cidade de Guarulhos, SP, os <b>policiais</b> estão sendo formados em um <b>curso básico de
Libras </b>(<a href="http://www.youtube.com/watch?v=QeAgNq4qtcA">veja o vídeo</a>). Este faz parte da <b>formação obrigatória</b> da guarda municipal. Segundo a
professora do curso, eles aprendem o básico da Libras e o vocabulário básico
específica da área da guarda municipal. E o mais legal, tratam também da legislação sobre os Direitos
Humanos. E para que o surdo saiba se o policial é capacitado em Libras, este
usará na farda um <b>breve de identificação</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É
extremamente importante essa iniciativa,e entenda o porquê. Uma revisão da literatura sobre <b>violência doméstica
contra a mulher surda</b>, nos traz
informações alarmantes.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> É comprovado que, em relação as mulheres ouvintes, <b>as mulheres com surdez estão muito mais susceptíveis
e sofrem muito mais agressões.</b> Segundo a revisão, o trabalho de McQuiller Williams
e Porter (2010) relatou que tanto os homens quanto as mulheres surdas <b>tem 1,5 vezes mais chances de ser vítima de
assédio sexual, agressão sexual, abuso psicológico e abuso físico do que as ouvintes.</b> Já o estudo </span><span lang="PT" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">realizado pela Francavillo (2009)
feito com 360 estudantes surdos, <i>apound</i> ANDERSON at all, mostrou os seguintes dados:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<ul>
<li><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">48% dos entrevistados tinham
<b>experimentado carícias indesejadas</b>, beijo, toque ou esfregar suas áreas
íntimas</span></li>
<li><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">28% tiveram algumas de suas<b> roupas retiradas sem
consentimento</b>.</span></li>
<li><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">relataram ter vários <b>atos sexuais não
consensuais</b>: o sexo oral (22%), relação sexual vaginal (195), e anal (13%), em
adição ao sexo</span></li>
<li><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">relataram ter tido <b>tentativa sem consentimento</b>: oral (27%),
relação sexual vaginal (18%), e sexo anal (14%).</span></li>
<li><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">20% admitiu já ter sido <b>estuprada</b>.</span></li>
</ul>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Outro número bastante impressionante, aind de acordo com
a mesma revisão bibliográfica, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>61%</b> de surdos
universitários do sexo feminino experimentou um <b>incidente de coerção sexual</b> de
seus parceiros no ano passado, em comparação com <b>27,8% </b>de estudantes ouvintes do
sexo feminino (<i>apound</i> Sabina & Straus,
2008).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Acredita-se que estes índices maiores em relação a mulher surda deve-se, entre outros fatores, à falta de serviços de atendimento voltados para os surdos. Por isso, atitudes como a da polícia da cidade de Guarulhos são extremamente importantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E para finalizar, assista ao vídeo que explica sobre o Serviço de Mensagens via Celular (SMS) em situações de Emergência para o surdo, criado pela polícia de São Paulo. (Vídeo em Libras com legenda e tradução simultânea).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/VP-a4Vh_A2g/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VP-a4Vh_A2g&fs=1&source=uds" />
<param name="bgcolor" value="#FFFFFF" />
<param name="allowFullScreen" value="true" />
<embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/VP-a4Vh_A2g&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Espero que outros estados sigam o exemplo de São Paulo e implantem sistemas de emergências semelhantes a este e possam ajudar os surdos vítimas de violência!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">REFERÊNCIA:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">ANDERSON, ML; LEIGH, IW; SAMAR, VJ. <b>Intimate partner violence against Deaf women: A review</b>. Aggression and Violent Behavior 16 (2011) 200–206.</span></div>Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-26341385923011224322012-06-12T08:06:00.002-03:002012-06-15T23:01:02.310-03:00Morrer por falta de informação é inaceitável<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6VYukl0Tc2UxCDKMXCmv_CGly_gqmOOa4hCntiUE5gd-okYaEB1DW2sQ-gCSINEIruXVvdrr5KEMFR88BQhdPKc9iDEN8KodTn6ni1byctPf8cYTstx8Mu1d25KWt6eN6ltSQ3h3BvUg/s1600/campanha_prostata.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6VYukl0Tc2UxCDKMXCmv_CGly_gqmOOa4hCntiUE5gd-okYaEB1DW2sQ-gCSINEIruXVvdrr5KEMFR88BQhdPKc9iDEN8KodTn6ni1byctPf8cYTstx8Mu1d25KWt6eN6ltSQ3h3BvUg/s320/campanha_prostata.jpg" width="237" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">À todo momento <b>vemos</b> na
televisão, <b>ouvimos</b> no rádio, <b>vemos</b> nos outdoors e em cartazes <b>campanhas</b> de
saúde sobre a <b>prevenção</b> do câncer de próstata, do câncer de mama, do diabetes,
da hipertensão... Essas campanhas são <b>efetivas</b> no que tange toda a população?
E os surdos?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo o site do INCA (Instituto
Nacional do Câncer), no Brasil, a estimativa da incidência de <b>câncer de
próstata </b>é de <b>60.180</b> novos casos em 2012. Sendo que no ano de 2010, houveram
<b>12.778 mortes</b> devido a esta doença. “No Brasil, o câncer de próstata é o <b>segundo
mais comum entre os homens (</b>atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Em
valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em
homens”, de acordo com o site. Sendo assim, ações de prevenção devem ser realizadas.
17 de novembro é o dia Mundial de Combate ao câncer de próstata. E para
conscientizar a população, o Ministério da Saúde do Brasil criou uma </span><a href="http://www.inca.gov.br/eventos/dncc/2007/folder_prostata_0736(web_20071120).pdf" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">cartilha</a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="line-height: 115%;">explicativa
sobre a doença. Repare que ela é toda em forma de texto, sem nenhuma figura
ilustrativa. Corroborando para a campanha, cartazes são criados e espalhados
pelos centros de saúde (UAPS e hospitais).</span><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Ao analisar estes dois materiais,
fica a pergunta: toda essa informação está chegando ao homem surdo? Ele ao ver
uma cartilha ou um cartaz como aqueles, consegue aprender o que lhe é
informado? Se este homem for oralizado e tiver aprendido português, que não é a
realidade da maioria, sim. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Segundo o censo de 2000, do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">o</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; text-align: justify;"> número
</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; text-align: justify;">de surdos no Brasil era de 166.400, sendo <b>86.400 homens</b></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"><b>.</b> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Um número
considerável, não? Por que então negligenciar essa parcela da população
masculina brasileira?</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É preciso <b>criar estratégias</b> para a população surda na hora de pensar
políticas de saúde pública. Um estudo realizado nos EUA, com pacientes do sexo
masculino e surdos, mostrou que, após adaptarem um material de educação sobre o
câncer de próstata para a língua de sinais americana (ASL), o <b>nível de
informação sobre a doença aumentou</b> logo após a intervenção, e após 2 meses,
parte daquele conhecimento se manteve. Mostrando que o grau de compreensão da
pessoa surda é maior quando através da língua de sinais. Sendo assim, campanhas em TV e Internet devem ter o interprete da língua de sinais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É inaceitável que pessoas morram hoje por câncer de próstata, mama,
hipertensão e diabetes descompensados por falta de informação.<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">REFERÊNCIAS:</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata/definicao">http://www.inca.gov.br/</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/27062003censo.shtm">http://www.ibge.gov.br/</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: left;">1- </span><span class="ref-cit" style="background-color: white; border: 0px; font: inherit; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;"><span class="mixed-citation" id="__mixed-citationid2722554" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Kaskowitz SR, 3rd, Nakaji MC, Clark KL, Gunsauls DC, Sadler GR. Bringing prostate cancer education to deaf men. <span style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="ref-journal" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Cancer Detect Prev. </span>2006;<span class="ref-vol" style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">30</span>(5):439–448. doi: 10.1016/j.cdp.2006.09.001.</span></span></span></span>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-17247934033041978382012-05-26T01:39:00.000-03:002012-07-08T06:28:06.281-03:00"Surdo sofre" - sentindo na pele<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMCZ7c5B67UYyCGL3Ty-eFc-EVbgJkdMeV8HTQu43HKfYRC0kRyQgj6TUaOoJu8ZBUhXzZzPjzdSDj9i1GUuZDhZ8RXLytc18aR9aPIuJHxT4q6wdIWbfUL18AkuwEI2RI0GH5Bji-JHA/s1600/pizzaria.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMCZ7c5B67UYyCGL3Ty-eFc-EVbgJkdMeV8HTQu43HKfYRC0kRyQgj6TUaOoJu8ZBUhXzZzPjzdSDj9i1GUuZDhZ8RXLytc18aR9aPIuJHxT4q6wdIWbfUL18AkuwEI2RI0GH5Bji-JHA/s320/pizzaria.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Grupo do Mod2 do Curso LIBRAS E SAÚDE</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Semana passada começaram as aulas
do </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">módulo 2 </b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">do curso </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"><a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/projeto-libras-em-saude-acessibilidade.html">LIBRAS E SAÚDE</a></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"> da UFJF, que dá continuidade ao módulo 1 do
semestre passado. A proposta agora é focar integralmente no </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">atendimento clínico
do paciente surdo</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">, associado a um projeto de extensão que também
desenvolveremos.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje, devido a greve dos
professores da nossa universidade, decidimos fazer o encontro semanal em um
rodízio de pizza. Qual a proposta? <b>Somente nos comunicarmos por meio da língua
de sinais, durante todo o tempo em que permanecermos lá; tanto entre nós quanto
com os garçons</b>. A proposta é de aprendermos por meio da criação de situações e
sentirmos na pele o que acontece de verdade com os surdos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegamos ao local, éramos em 12 pessoas, teoricamente eu era o único ouvinte, porque fui eu quem reservou as
mesas. Havia um garçom e uma garçonete nos atendendo. Ambos não sabiam LIBRAS e
pelo visto, nunca tinham passado por uma situação semelhante. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um primeiro momento eles </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ignoravam</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> a nossa mesa, servindo todas as outras, menos a gente. O garçom</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> mostrou-se</span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
atencioso</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, procurando encontrar formas de nos atender: mostrava as opções na
comanda, pedia pra escrever no papel, não foi grosso em nenhum momento. A partir de certo momento ele parou de conversar com a gente por meio das palavras. Já a
mulher, não soube como se portar diante do fato. Ela </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">gritava</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> com a gente
oferecendo pizza, e como todos “eram surdos” ninguém ouvia ela falando. Qual a
conclusão dela? Como ninguém respondeu, ninguém quer comer. E simplesmente ia
pra outra mesa. Isso quando pedaços de pizza brotavam nos pratos sem ninguém pedir. O </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">desespero</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> dela era muito engraçado, pois ela sempre exclamava:
</span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Não to entendendo nada!”, </b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">de uma maneira cômica.</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Isso durou cerca de 3 horas, sem falar uma palavra em
português.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quais as <b>conclusões</b> que tirei
sobre essa experiência? Como já disse em um <a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/deficit-auditivo-diferentes-realidades.html"><b>post</b></a> anterior, </span><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>a sociedade é quem deve se adaptar a realidade das minorias,</b> assim é que faremos inclusão social. E infelizmente contatei que </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a população ouvinte, a grande maioria dela, não
está preparada para conviver de forma acessível com a comunidade surda, e
existe sim o preconceito. É justo privarmos os surdos de poderem sair numa sexta-feira a noite com um grupo de amigos para um rodízio de pizza? Felizmente alguns parecem tentar minimizar essa
situação (o garçom), mas outros a ignoram (garçonete). E o pior é você ignorar a pessoa simplesmente porque VOCÊ não tem a capacidade de compreendê-la. Foi uma manifestação clara de preconceito. Por que em TODAS as outras mesas as pizzas de fato rodavam e na nossa mal levavam a batata-frita?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta foi uma experiência marcante,
pois realmente percebi que “surdo sofre”. No entanto, extremamente rica: pois
com certeza o nosso aprendizado foi muito maior do que em uma sala de aula.
Realmente, o ensino da LIBRAS por meio de situações é muito mais efetivo. O fato de sermos obrigados a encontrar formas de se fazer entender e entender o outro, nos faz prestarmos mais atenção. Além
de ter sido uma noite extremamente divertida e engraçada!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Novos encontros acontecerão!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aprenda mais sobre a<a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/deficit-auditivo-diferentes-realidades.html"> LIBRAS</a> e também como ela é processada no nosso <a href="http://descobrindoasurdez.blogspot.com.br/2012/01/ciencia-e-surdez-2-lingua-de-sinais-e.html">cérebro</a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-55981605951739859432012-04-16T12:55:00.000-03:002012-04-16T12:55:07.112-03:00Relato de vida - Cleo Morais [última parte]<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Após
um período conturbado de tarefas extra-curricualres, o blog permaneceu parado
por um tempo, mas estamos voltando a ativa novamente. Hoje terminaremos o
relato da professora Cleo. Hoje você verá um exemplo de superação. Ela nos
conta do seu retorno aos estudos, do período da faculdade e do seu início
profissional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para
quem ainda não leu o último post, a Cléo é uma mulher que quando criança
contraiu meningite, que a levou a perda da audição, e que graças ao apoio da
sua família conseguiu enfrentar a sua realidade e seguir na vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span></div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Meu dia-a-dia nesse período de
recuperação era da fonoaudióloga para a psicóloga, ambas tinham papéis
importantes em minha vida. A fonoaudióloga me auxiliava na leitura labial e a
psicóloga me ajudava a entender a minha nova realidade.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Percebi muitas vezes que a deficiência
ajudou a fortalecer esse meu novo lado, permitiu que eu me tornasse uma pessoa
mais sensível e mais próxima do outro que também era deficiente. Passei a
interessar-me mais por estes assuntos e utilizar a internet e o celular como
mecanismo de comunicação.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Decidi voltar a estudar com 22 anos. Na época não havia concluído a
5°série. Para sentir-me mais segura, sentava ao lado da professora, que me
auxiliava tirando as dúvidas. Na sala, era utilizada para comunicação a LIBRAS.
<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Desde que finalizei a 8º série enfiei
na cabeça que eu queria muito concluir o colegial. Me matriculei em uma escola
comum e pedia a uma colega pra me ajudar
a fazer as lições que eu não havia entendido. O mais legal foi que toda a
escola se sensibilizou e me ajudava emprestando os cadernos e me explicando o
que eu não conseguia entender. Os professores sempre foram maravilhosos e
compreensíveis.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Conheci uma moça que estava fazendo o
cursinho da Educrafo que tinha a finalidade de ajudar o aluno a ingressar na
universidade. Matriculei-me nele, e participei de algumas palestras e aulas,
mas durante o curso desisti, pois na sala não havia intérprete e não entendia o
que era ministrado nas aulas.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Prestei vestibular e logo passei em
pedagogia,quando me disseram que eu havia passado nem acreditei viajei nos céus
de alegria, pois acabei de me tornar uma universitária surda, é claro que o
medo e receio do preconceito e rejeição das pessoas tomavam conta de mim na
muitas vezes.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">No primeiro dia de aula fui toda feliz
pensando como seriam as aulas, as pessoas, a reação dos professores, que por
sinal foi muito boa, é claro que alguns colegas e professores ficavam sem saber
como falar ou dirigir algumas palavras a mim, perguntavam se eu estava
entendendo o conteúdo das aulas.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Certa vez uma professora passou um
filme e depois pediu que fizéssemos um relato do filme, mas o filme na tinha
legenda e então perguntei como eu deveria fazer, ela respondeu que infelizmente
não estava preparada para lidar com alunos como eu. Aconselhou-me a filmar o
filme e a fazer a prova. Foi o pior dia da minha vida, primeiro por que ela
falou para todos ouvir, sempre me sentia a menor pessoa da sala toda vez que
apresentava uma dificuldade, essa dificuldade era vista como preguiça e não
como uma barreira, no decorrer dos estudos sofri muito, mesmo por que lutei
muito para conseguir uma bolsa de desconto e graças a Deus e com ajuda do meu pai
pude estudar embora meses depois Deus
quis levá-lo de nós. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Já formada, uma amiga e ex-professora da
escola de educação especial me arrumou um trabalho de auxiliar em um colégio -
nunca havia trabalhado em uma biblioteca. De início fiquei muito insegura, e
por sinal não foi nada fácil. A bibliotecária era uma pessoa amarga nada
compreensiva, falava que não sabia trabalhar com pessoas deficientes e por fim
quase desisti por causa dela, mas tinha uma outra auxiliar, que se identificou
muito comigo, amou minha diferença e logo quis aprender Libras, então ela ia me
ensinando tudo, como proceder, como receber os alunos e muito mais. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;">Tinha
dias que passávamos horas conversando e descobrindo um monte de coisas em
comum. No colégio aprendi a conviver com as pessoas e suas diferenças,
resumindo foi um grande aprendizado. Quando vi, logo já estava recebendo um
convite para me tornar auxiliar de classe, confesso que tive um pouco de medo,
mas</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;">encarei com coragem e determinação, e
foi uma excelente experiência trabalhar com</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;">
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;">ensino infantil</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 1cm;">com crianças de 3
a 4 anos, não tive nenhuma dificuldade em me relacionar com elas em relação a
comunicação, pedia a elas sempre que falassem de frente olhando em meus olhos,
explicava-lhes que eu não ouvia. Sempre que eu dava eu ensinava Libras a elas,
mas com um certo receio das reação dos pais.</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i> </i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vemos neste relato também o quão despreparada a sociedade está para dar acessibilidade às pessoas com perda de audição. É preciso que a sociedade se adapte às minorias, e não elas é quem devem se adequar a sociedade. Isto é inclusão!</span></div>Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4734513005476310876.post-60375506022930732462012-03-23T11:12:00.000-03:002012-04-17T12:25:00.915-03:00Relato de vida - Cleo Morais<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1cm;"> </span><br />
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHaG-OPwoUhQxyomV5NoMJL_nUX01QYvBlhn4bBhjvdL0APCXflOkrhQp8UFndO2JQb7b-0y3GgPwQJEv84wuV83lHOnVgK5mujZW_X0wwJdDF5DBb4DsrzIY337Vk4FrtgHcAShnDYiE/s1600/cleo+morais.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHaG-OPwoUhQxyomV5NoMJL_nUX01QYvBlhn4bBhjvdL0APCXflOkrhQp8UFndO2JQb7b-0y3GgPwQJEv84wuV83lHOnVgK5mujZW_X0wwJdDF5DBb4DsrzIY337Vk4FrtgHcAShnDYiE/s320/cleo+morais.jpg" style="cursor: move;" width="172" /></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1cm;">Aos
poucos estou colhendo bons frutos a partir deste blog. Através dele estou
conhecendo pessoas muito interessantes, surdas ou não, que se interessam por
esta discussão. Uma delas,é a Cleo Morais, que após ler o blog me adicionou ao
facebook. A partir de então, começamos a conversar. Ela é uma pessoa muito
inteligente, com uma ótima conversa e super prestativa. Sendo assim,
gentilmente, ela será colaboradora do “Surdez – Descobrindo um mundo novo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Vamos
então começar a conhecer a trajetória de vida desta mulher, que ficou surda
quando criança e teve que readaptar a sua vida, assim como a sua família,
enfrentou preconceitos, superou obstáculos e hoje é um exemplo para todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os
textos foram escritos por ela, com a minha adição.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Certa tarde de domingo estava na casa
de uma colega e comecei a sentir muita dor de cabeça. Ao chegar em casa, avisei
minha mãe a respeito da intensa dor; ela me deu um remédio e fui dormir. Ao
acordar para estudar, a dor voltou violentamente, de maneira que não consegui
me levantar.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Três dias se passaram e nada dos
médicos descobrirem a causa de tanta dor e sofrimento. Uma vizinha chamou a
ambulância e fui levada as pressas ao Hospital das Clínicas em São Paulo.
Fiquei em coma por algumas horas, e permaneci internada por 45 dias para
desespero de toda a família. Foi detectada meningite, doença que causou minha
surdez.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A meningite é uma inflamação das
meninges, membranas que revestem o cérebro. A infecção pode ocorrer devido a
invasão de vírus ou bactérias. Os sintomas da doença são: fortes dores de
cabeça, dores na nuca, indisposição, febre alta, articulações dolorosas e
manchas vermelhas na pele. A doença pode levar à morte, ou deixar graves
seqüelas como: surdez, lesões nas meninges e danos cerebrais. A meningite bacteriana é a mais grave, e se
não for detectada a tempo pode levar a morte em poucas horas. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O meu quadro clínico poderia ter sido
diferente se a doença fosse detectada antes da internação, mas isso acontece
com muitos que procuram assistência médica e são encaminhados para casa sem
diagnóstico, não recebi atendimento adequado e as fortes dores que sentia e os
sintomas acima descritos, não foram levados em consideração; voltava para casa
apenas com uma receita médica nas mãos.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como mencionei, fiquei internada por
45 dias, foram os dias mais agonizantes da minha vida. Recebia visita dos
familiares apenas três vezes por semana, não conseguia me locomover sozinha,
era necessário o auxilio das enfermeiras para tomar banho e me alimentar.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ainda no hospital, o
médico junto com a psicóloga e fonoaudióloga foi ao meu quarto e me deram a
seguinte notícia: “Você teve muita sorte porque poderia estar morta uma hora
dessas, você só ficou com um “probleminha”, sua audição. Você não voltará a
ouvir nunca mais”. No meu caso tive surdez moderada (A pessoa não ouve o
tic-tac do despertador, escuta um sussurro e tem dificuldades de falar ao
telefone ) e profunda (A pessoa só ouv</span></i><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">e<span style="color: red;"> </span>ruídos (vibrações) como os provocados
por uma turbina de avião, disparo de
revólver e tiro de canhão).<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os especialistas disseram: ”Vamos lhe
amarrar porque o teste que iremos fazer irá lhe causar muita dor, você precisa
ser muito forte e prender bem os dentes”. Esse teste era em meus ouvidos: uma
agulha que era ligada e um choque era emitido em meus ouvidos. Foi uma
experiência horrível e não desejo a ninguém.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Dias depois, estava muito triste e
queria ir embora para casa - faltava uma semana para a páscoa. Novos exames
foram realizados e fui liberada. Minha páscoa não foi como a das crianças
normais, não tinha ovo e nem coelhinho, mas tinha muita tristeza.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A vida neste momento parecia não ter
mais sentido, estava só, e sentia muita tristeza, me sentia dependente dos
outros.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p> </o:p></span></i><i style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Inicia-se uma reconstrução psíquica
quando se descobre uma deficiência, o resgate de coisas de sua própria
essência, como o valor de si próprio para se ter uma nova esperança.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Algo que me chateava e me chateia até
hoje é quando as pessoas têm pena de mim. Não gosto de ser vista como uma coitada. Outra
coisa que me irrita quando estou com outras pessoas, é alguém mencionar: “Fala
alto porque ela não escuta”.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Ao meu regresso para casa, comecei a
fazer amizade com o Edilson que também era surdo, tinha ele cinco anos de
idade, mas já sabia sinalizar, me sentia bem falando com ele, como se de certa
forma ele me entendesse e soubesse o que eu estava passando. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Certa vez a mãe de Edilson comentou
com a minha mãe sobre a escola onde ele estudava, a escola especial se chamava
Neusa Basseto. Assim se fez: minha mãe me matriculou e no primeiro dia de aula,
me deparei com várias pessoas falando em Libras, comecei a chorar dizendo que
não era surda e que não precisava daquela escola. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Desisti de estudar e fiquei, por um
tempo, afastada da escola e da sociedade. Tinha vergonha de sair de casa, era difícil
aceitar tudo aquilo. Até que um dia, minha mãe me disse: “Desistir da vida ou
lutar por ela?”.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A maior influência no que diz respeito
à aceitação e rejeição de uma criança com deficiência pela família, diz
Busgaglia (1997), é a atitude apresentada pela mãe dela. Ela é capaz de lidar
com a situação aceitando-a com segurança e a família será capaz de reagir da
mesma forma. Se a mãe torna-se chorosa, triste e lamenta muito</span></i><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"> </span></i><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">pelo
ocorrido, os demais, que estão a sua volta, seguirão este exemplo. A família
passará por uma redefinição de papéis após absorver o impacto. Será necessário
uma reestruturação familiar, atitude, valores e um novo estilo de vida.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Percebi então que minha mãe, apesar de
todo cuidado, poderia muito bem aceitar que eu permanecesse em casa sob a sua
proteção, longe do preconceito e da descriminação, evitando que eu sofresse.
Mas não; ela permitiu que despertasse em mim naquele momento, a vontade de
viver, de dar um passo e acreditar que eu poderia freqüentar uma escola como as
crianças normais da minha idade. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A partir daí as coisas começaram a
mudar, decidi que deveria aceitar-me primeiro para depois ser aceita pela
sociedade. Comecei a fazer terapia com uma psicóloga que aos poucos foi me
ajudando. Lembro-me muito bem quando ela citou: “Se tenho uma perna menor do
que a outra e preciso subir uma escada, vou pedir ajuda para não cair. Assim
também deverá acontecer com você, deverá pedir às pessoas que falem devagar
para que possa entender”.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É
bastante enriquecedor conhecer a vida de uma pessoa que ficou surda, pois assim
aprendemos realmente como essas pessoas se sentem e todo o processo adaptativo
pelo o qual ela passa. Isso é importante para que saibamos lidar com elas e
desta forma ajudá-los da melhor forma possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Além
disto, acompanhar o processo de superação nos ensina muito também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Está
curioso para saber como foi o início da vida adulta da Cleo? Então não perca
semana que vem a próxima publicação.<o:p></o:p></span></div>
<br />Renato Cesar Vaz Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/00196079243446429441noreply@blogger.com0